Em fala ao “CNN Entrevistas”, nesta semana, a deputada federal (PR/PT) e presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, revela que vai apresentar um projeto que acabará com o registro de armas para colecionadores.
No governo anterior, de Jair Bolsonaro, as regras para a posse de armas haviam sido facilitadas e esse é um tema sensível de debate no Congresso. Até mesmo para o Exército, que acabou perdendo o controle sobre o armamento de milícias e crime organizado, com o uso de laranjas.
Gleisi diz que apresentará ao Congresso um projeto para colocar fim ao CAC, que é o Concessão de Certificado de Registro para pessoa física para realizar atividades de Colecionamento de armas de fogo, Tiro Desportivo e Caça.
"Vou apresentar um projeto no Congresso para acabar com a CAC. Tem gente com 50 armas em casa. Vejam como cresceu o número de feminicídio. Ele impulsionou uma sociedade da violência, usando um discurso de que tinha que andar armado porque a gente tinha um problema com a violência”, afirma Gleisi. “Não estamos mais no velho oeste. Quem precisa andar armada é a polícia. É a polícia que precisa fazer o embate com o crime organizado”, diz.
Marta Suplicy
A presidente do PT também elogiou Marta Suplicy, com quem teve desavenças políticas no passado, principalmente em decorrência do apoio ao impeachment de Dilma Rousseff. “A Marta teve uma importância muito grande na construção do PT, muito grande no movimento feminista. E eu acho que ela se equivocou no impeachment de Dilma. Mas ela reavaliou. E se reposicionou”, afirma. Gleisi fala da importância de Marta. “Ela deixou um legado importante na cidade de São Paulo e foi uma das melhores prefeitas da cidade de São Paulo e é isso que a gente pretende nessa parceria com a legenda do Guilherme Boulos”, comenta.
Israel na Faixa de Gaza
Ainda, Gleisi diz que o presidente Lula agiu de maneira correta ao criticar a ação do Estado de Israel na Faixa de Gaza. “Ele botou o assunto na ordem do dia. Ele agiu de maneira correta.” Questionada se a comunicação foi falha ao comparar a ação com a de Hitler, Gleisi negou. “Não, é que as vezes você precisa ser forte, ser firme para chamar a atenção.”
A entrevista foi feita nos estúdios da CNN em Brasília pelas jornalistas Tainá Falcão e Debora Bergamasco e será exibida neste sábado, 09 de março, às 18h45, na CNN Brasil.
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