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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Golpes nas redes sociais: Plataformas como Facebook, Instagram e WhatsApp se tornam terreno fértil para fraudes

Já comprou algum produto pelas redes sociais? As vendas de diversos itens aparecem no feed de acordo com as buscas dos usuários, o que pode parecer uma facilidade, mas os golpistas vêm utilizando as redes administradas pela Meta - Facebook, Instagram e WhatsApp - para atrair vítimas. De acordo com uma publicação desta quarta-feira (7) do Laboratório de Estudos de Internet e Redes Sociais (NetLab), vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), essas plataformas se tornaram terreno fértil para fraudes.

A aposentada Maria Conceição Aragão contou ao BNews que comprou capas de cadeiras por meio de um perfil no Instagram. Na foto, os produtos pareciam ótimos, mas "além de demorar para chegar, o material e a qualidade deixaram a desejar, sem contar que vieram dois números a menos: pedi seis, mas só recebi quatro", relatou Maria.

Esse é apenas um dos casos de propaganda enganosa, mas também há uma facilitação quando se trata da difusão de notícias falsas, segundo o estudo. Entre 10 e 21 de janeiro deste ano, houve um monitoramento intenso das redes, durante o período de novas normas do Pix.

O texto da nova regra obrigava as operadoras de cartões de crédito e instituições de pagamento a apresentarem semestralmente determinadas informações sobre operações financeiras de contribuintes. A medida, que entrou em vigor a partir de 1º de janeiro de 2025, desencadeou uma onda de notícias falsas que alegavam que as transações via Pix seriam taxadas. Pressionado pela disseminação das fake news, o governo federal revogou a regra em 15 de janeiro.

Em muitos casos, os golpistas simularam páginas de instituições públicas e privadas. Em 40,5% dos casos, os anúncios foram veiculados por falsos anunciantes que se passavam pelo governo federal. O estudo destaca que os golpistas exploram a desinformação em torno das políticas públicas voltadas à inclusão financeira. Entre as peças publicitárias fraudulentas, aparecem promessas de acesso a programas governamentais reais e fictícios, como Resgata Brasil, Benefício Cidadão, Brasil Beneficiado e Compensação da Virada.

"O fato de essas páginas terem obtido permissão para veicular anúncios em nome do governo evidencia as fragilidades dos processos de verificação de anunciantes da Meta", afirma o estudo. Os golpistas ofereciam serviços para identificar valores que os usuários teriam direito a receber ou anunciavam a possibilidade de resgatar dinheiro de benefícios.

Além disso, os usuários eram levados a acreditar que precisavam pagar taxas antecipadas para ter acesso a esses serviços. Alguns desses anúncios promoviam guias fraudulentos que ensinavam os consumidores a “driblar a taxação do Pix.”

De acordo com o NetLab, há incertezas sobre o impacto das novas medidas. "A ausência de menção específica à moderação de conteúdo publicitário por Zuckerberg em sua fala não deixa claro se as mudanças afetarão a circulação de anúncios fraudulentos", registra o estudo.

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