Em novembro do ano passado, após quase um mês internado no Hospital Brasília, no Distrito Federal, o jovem Miguel Fernandes Brandão, de apenas 13 anos, morreu devido a complicações de uma infecção bacteriana.
Diante do ocorrido, os pais de Miguel, Genilva Fernandes e Fábio Luiz Brandão, denunciaram o hospital, alegando negligência. "Moramos no hospital por 25 dias. Entrei com meu filho e, infelizmente, só saí com ele dentro de um caixão", disse a mãe em entrevista ao Uol.
Na segunda-feira (14), Genilva também começou a sentir sintomas semelhantes e suspeitou ter contraído a mesma "gripe" do filho. Ainda naquele dia, preparou um café da manhã reforçado para Miguel, incluindo carne, pão de queijo e bolo de chocolate, já que ele não teria aula.
No entanto, o garoto relatou sentir um gosto ruim na boca, exceto ao beber água, o que levou a mãe a suspeitar de Covid-19. Ele foi levado ao hospital, recebeu medicação e voltou para casa.
Na mesma noite, Miguel voltou a ter febre e só conseguiu dormir por volta das 5h da manhã de terça-feira (15). Ao acordar, seu estado havia piorado, com episódios de vômito e diarreia. A família decidiu levá-lo novamente ao hospital.
No atendimento, uma médica sugeriu a internação na UTI. Com a realização dos exames, surgiram novos sintomas: a boca do menino começou a ficar vermelha e apareceram caroços pelo corpo. Com o teste de Covid-19 dando negativo, a equipe médica solicitou um novo exame, que demorou a ser realizado.
Após dias de internação e com o agravamento do quadro, Miguel faleceu no sábado, 9 de novembro, sendo enterrado no dia seguinte. Em 30 de novembro, Genilva registrou um boletim de ocorrência contra o hospital na Polícia Civil do Distrito Federal, que segue investigando o caso.
Ainda segundo o hospital, uma "rigorosa análise do atendimento realizado" está em andamento, e os profissionais envolvidos no caso foram afastados.
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