O presidente da República, Jair
Bolsonaro (PSL), levantou a camisa e fez questão de exibir, em entrevista na
TV, as cicatrizes da cirurgia pela qual passou neste ano devido à facada
sofrida na campanha eleitoral de 2018. "Alguns falam que foi
fake", afirmou Bolsonaro ao SBT Brasil, em entrevista exibida na noite
de quinta (2), ao se referir ao ataque do qual foi alvo em Juiz de Fora
(MG).
Em 6 de setembro de 2018, em plena campanha eleitoral, Bolsonaro levou uma
facada durante comício na cidade. O então presidenciável foi submetido a uma
colostomia, que só foi revertida no final de janeiro deste ano, já como titular
do Palácio do Planalto.
Bolsonaro foi ao SBT gravar uma participação no Programa Silvio Santos
para defender a reforma da Previdência, prioridade de seu mandato e que já
tramita em comissão especial na Câmara dos Deputados. Ele fez elogios ao
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com quem chegou a trocar farpas
publicamente devido às dificuldades na articulação política em torno da
proposta.
"Ele [Maia] é uma pessoa excepcional. E tem transmitido para mim que
há interesse, por parte dos líderes que decidem os votos lá dentro [da Câmara]
em aprovar o mais rápido possível a reforma da Previdência".
Questionado sobre a crise na Venezuela, Bolsonaro disse que o ditador
Nicolás Maduro não tem poder sobre ele mesmo e voltou a afirmar que é
"praticamente zero" a chance de uma intervenção militar do Brasil no
país vizinho. No entanto, ele se disse preocupado com outra nação
sul-americana, a Argentina.
"Mais importante do que a Venezuela no momento é a Argentina, que
está a um passo -por ocasião agora das eleições de outubro- a voltar para a senhora
Cristina Kirchner, o que seria uma outra Venezuela". A Argentina atravessa
dificuldades econômicas e o atual presidente, Mauricio Macri - que sucedeu
Cristina Kirchner no poder- está com a popularidade em declínio.
Em live nas redes sociais, também na quinta, Bolsonaro pediu aos
argentinos que não votem na ex-presidente, que é candidata a retornar à Casa
Rosada e lidera a última sondagem eleitoral.
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