Um confronto entre detentos deixou 15
mortos, neste domingo (26), no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj),
localizado na BR-174, em Manaus, durante o período de visitação de familiares.
O presídio é o mesmo onde 56 detentos foram mortos em janeiro 2017, após
uma rebelião, em meio a uma disputa entre facções.
De
acordo com o coronel Marcus Vinícius, secretário de Administração Penitenciária
do Amazonas, as mortes ocorreram por asfixia e com perfurações de escovas de
dente raspadas. Todas as vítimas eram detentos do regime fechado e não houve
registro de fugas e da presença de armas de fogo no presídio.
Segundo
o secretário, o confronto começou às 11h e a situação foi controlada pela
Polícia Militar em 40 minutos. “Abrimos uma investigação. Vamos olhar o sistema
de câmeras internas, identificar os que participaram e encaminhar à Justiça”,
disse o coronel Marcus Vinícius, em uma coletiva em Manaus no início da noite
deste domingo. “Não foi rebelião. É uma briga entre internos”, minimizou.
Para
o secretário de Administração Penitenciária do estado, chama atenção o fato de
as mortes terem ocorrido no período de visitação de familiares dos detentos.
“Nunca havia tido mortes quando tem visita. Não existe isso. Foi a primeira vez
que aconteceu no Amazonas”, afirmou o coronel Marcus Vinícius.
“Em
qualquer prisão do mundo, quando se quer matar, vai se matar. Alguns foram
enforcados, outros com (morreram com) mata-leão. Isso o estado não tem como
evitar”, declarou o secretário de Administração Penitenciária.
Blog: O Povo com a Notícia