A Procuradoria dos Estados Unidos em
Massachusetts apresentou acusações contra uma gangue investigada desde setembro
do ano passado por crimes violentos como roubos, sequestros e tráfico de armas
e de drogas. Na semana passada, 14 integrantes do grupo foram presos — nove
deles têm origem brasileira.
A
investigação também envolveu a apreensão de 31 armas (27 pistolas, três
espingardas e um rifle) e de centenas de cartuchos de munição. Agora, os
acusados serão julgados em um tribunal federal norte-americano e podem ser
condenados a cumprir penas que variam de cinco a 40 anos de prisão e a pagar
multas estipuladas entre US$ 10 mil e US$ 1 milhão.
De
acordo com o procurador estadual Andrew Lelling, vários dos presos estão em
situação migratória irregular no país. O Departamento de Justiça aponta ainda
que, nesses casos, eles poderão ser submetidos à deportação. Há dois jovens de
19 anos entre os detidos.
— Nós
não vamos ficar de braços cruzados e permitir que esses criminosos interrompam
a segurança e a paz de nossas comunidades. Que as prisões e acusações sejam uma
mensagem para os membros de gangues: se ameaçarem a segurança e o bem-estar dos
moradores de Massachusetts, iremos prendê-lo e processá-lo usando todos os
recursos federais à nossa disposição, afirmou Lelling.
O
indicado como líder da gangue é identificado como Márcio Costa (o Marcinho), de
28 anos. Ele foi preso sob a acusação de cometer roubos, de conspirar para
distribuir substâncias ilícitas e de negociar armas sem ter obtido a licença
adequada. Os crimes atribuídos aos outros oito brasileiros envolvidos no caso
seguem a mesma linha.
Segundo
o Departamento de Justiça, a gangue teria aparecido pela primeira vez há dois
anos no radar das autoridades municipais, estaduais e federais. Desde então,
foi constatado que os integrantes estavam envolvidos em crimes violentos em
diversas localidades de Massachusetts, como Boston, Malden, Everett,
Somerville, Framingham e Peabody.
Um
dos acusados, João Pedro Marques Guimarães Gama (conhecido como “Baianinho”),
de 21 anos, admitiu à polícia que o grupo cruzou a fronteira do estado para
assaltar a família de um traficante de drogas em Connecticut. Na ocasião, Gama
teria apontado uma arma para a cabeça da filha do homem.
Igor
Costa, de 20 anos, chegou a discutir um dos assaltos planejados com um agente
federal disfarçado. Na conversa, Costa teria admitido que o grupo poderia fazer
vítimas nessa ação em questão, executada à mão armada.
Os
relatos reunidos pela procuradoria reúnem ainda assaltos a estabelecimentos
comerciais como um mercado e um posto de gasolina. Também foram alvos um
entregador de pizza e uma jovem que chegou a ser sequestrada pelo grupo. Com
informações de O Globo.
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