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sexta-feira, 10 de maio de 2019

Justiça reduz pena e concede regime semiaberto a condenado pelo furto ao Banco Central em Fortaleza

Quadrilha furtou mais de R$ 160 milhões do cofre do Banco Central, em Fortaleza

O paulista Marcos Ribeiro Suppi, condenado pela participação no furto milionário ao Banco Central em Fortaleza, teve a pena reduzida para seis anos de reclusão, em regime inicial semiaberto, pela 12ª Vara da Justiça Federal no Ceará. A decisão foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico.

Suppi havia sido condenado a uma pena de dez anos e nove meses de reclusão, em regime inicial fechado, pelos crimes de associação criminosa, uso de documento falso e lavagem de dinheiro. A defesa do réu contestou no Superior de Tribunal de Justiça (STJ) a condenação por lavagem de dinheiro, e a sentença ficou suspensa enquanto não havia julgamento. O G1 tenta contato com o advogado de Marcos Ribeiro, mas ainda não obteve retorno.

O STJ concedeu o habeas corpus, com o argumento de que a condenação foi anterior à lei que define o crime de organização criminosa (predisposição para a lavagem de dinheiro nesse caso). Com a decisão, a 12ª Vara encerrou a pena do condenado e alterou o regime de cumprimento da pena. Com a pena em regime semiaberto, o condenado poderá trabalhar e estudar fora do presídio durante o dia, mas deve ir à detenção à noite.

Maior furto do país

Quadrilha alugou casa no Centro de Fortaleza e escavou túnel até o cofre do Banco Centra

Pelo menos 133 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF) por participação no furto de R$ 164,7 milhões. O crime ocorreu entre uma sexta-feira e um domingo de agosto de 2005, após três meses de planejamento e escavações. A quadrilha, ligada a uma facção criminosa, saiu de uma residência, chegou ao cofre do Banco Central e fugiu com o dinheiro. O crime foi percebido apenas na segunda-feira seguinte.

Marcos Suppi foi preso com outros três suspeitos, em uma residência na Avenida Perimetral, no Bairro Mondubim, em Fortaleza, em 28 de setembro de 2005 - pouco mais de um mês após o furto milionário.

Com o grupo, foram apreendidos R$ 12,2 milhões em espécie, que estavam dentro de três veículos, de um guarda-roupa, de malas, de sacos de plástico, de um buraco e de uma caixa de isopor; além de uma pistola, munição, passagens de ônibus e avião e documentos em nome de terceiros.

Conforme a investigação, o paulista esteve em Fortaleza a convite de um amigo e chegou no dia da sua prisão, com uma identidade falsificada. O objetivo de Suppi na quadrilha era ajudar no transporte de valores em troca de R$ 50 mil.

Na condenação, de junho de 2007, a Justiça Federal considerou que o réu viajou de São Paulo consciente que iria coletar e transportar parte do valor do Banco Central.

"Recorde-se, ainda, que nas organizações criminosas não existem funções dispensáveis ou ociosas, sendo os motoristas pessoas de alta confiança da cúpula vez que são eles motoristas que sabem de todos os detalhes dos crimes, bem como localização de membros da organização, têm ciência do produto dos ilícitos e conduzem pessoas e bens relacionados com as atividades criminosas", pontuou.

Redução de penas

Outros réus pelo furto milionário também tiveram a pena reduzida, com a retirada da condenação pelo crime de lavagem de dinheiro pela Justiça. Foi assim com Antônio Jussivan Alves dos Santos, o "Alemão", considerado o mentor do crime e, hoje, detido em um presídio federal de segurança máxima; e Antônio Artenho da Cruz, que participou de toda a ação criminosa - do início do planejamento até a execução e a ocultação de valores - e foi o último acusado a ser preso, apenas em outubro do ano passado. (Via: G1 CE)

Blog: O Povo com a Notícia