Em entrevista ao jornalista
Kennedy Alencar, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que pretende
pedir progressão de regime para deixar prisão fechada. Ele está preso na
Superintendência da Polícia Federal.
Lula afirmou que teria reunião hoje à tarde com seus advogados para
solicitar benefício que tem por direito, deixando claro que não desistirá de
provar inocência e que a atitude não é admissão de culpa.
” Por que você acha que eu digo que não troco a minha dignidade pela minha
liberdade? Porque, de vez em quando as pessoas falam ah, mas agora foi julgado e tem a tal da detração [penal] e você
já pode sair. Obviamente, quando os meus advogados disserem Lula, você pode sair, eu vou sair. Só sairei daqui
se qualquer coisa que tiver que tomar decisão não impedir de eu continuar
brigando pela minha inocência.
A questão da detração, presidente, é um direito que o sr. tem, porque o
sr. já tem menos de oito anos de pena a cumprir. E, no regime brasileiro, pode
ir para o semiaberto. Como não há vagas, o sr. poderia sair para trabalhar
durante o dia e voltar para casa. O sr. vai pedir a detração penal?
perguntou Kennedy.
“Olha, eu só pedirei no dia em que meus advogados, o Cristiano
[Zanin] e o [Roberto] Batochio, disserem pra mim Presidente Lula, o sr. pode pedir, que, se o sr. pedir, o sr.
pode continuar a sua briga pela sua inocência. Os meus
advogados ainda não disseram isso. Eu vou ter uma reunião com o Cristiano, que
eu quero entender bem isso. Tem muita gente dando palpite”.
Então, vamos ser claros aqui: se os advogados disserem que sr. pode pedir
esse direito e isso significar que o sr. pode continuar dizendo que é inocente,
o sr. vai pedir? – retrucou Alencar. “Não é só dizendo, não. Eu quero continuar
provando a minha inocência. Aí, eu posso pedir. Olha, se os advogados disserem
para mim, Lula, você pode pedir a detração e você vai continuar brigando pela
sua inocência do mesmo jeito que você está, eu não tenho nenhum problema de
pedir, porque eu quero sair daqui”.
Lula ainda disse que poderá pedir se os advogados garantirem que ele pode
continuar se defendendo.”Peço. Eu quero ir pra casa. Agora, se eu tiver que
abrir mão de continuar a briga pela minha defesa, eu não tenho nenhum problema
de ficar aqui”.
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