Apoiadores do ministro da Justiça
e Segurança Pública, Sergio Moro, convocaram, para este domingo (30), atos em
cerca de 150 cidades em defesa do ex-juiz federal. No Recife, a mobilização
está programada para as 14h, com concentração em frente à Padaria Boa Viagem,
na Avenida Boa Viagem, Zona Sul da cidade. Também haverá manifestações em
Petrolina, no Sertão de Pernambuco, e Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata.
Além do apoio ao ministro, as lideranças do movimento prometem defender
ainda a Reforma da Previdência proposta pelo governo Bolsonaro, a Operação Lava
Jato e o pacote anticrime apresentado ao Congresso por Moro.
O ministro vem sendo alvo de críticas após o site The Intercept Brasil
publicar mensagens atribuídas a ele, na época em que era juiz, e a integrantes
da força-tarefa da Lava Jato. Essas conversas, segundo o site, indicariam
interferência de Moro no andamento das investigações da operação. A Polícia
Federal (PF) abriu inquérito para investigar a invasão do celular do ministro e
de procuradores.
MBL e Vem pra Rua
Ausentes nas recentes manifestações em defesa do
presidente Jair Bolsonaro (PSL), no fim de maio, os grupos Movimento Brasil
Livre (MBL) e Vem Pra Rua, que lideraram os movimentos de rua pelo impeachment
da presidente cassada Dilma Rousseff, vão participar das manifestações deste
domingo (30) e afirmam que querem mobilizar o mesmo público entusiasta da Lava
Jato que foi às ruas contra o PT e as denúncias de corrupção que atingiram o
partido em 2015.
"Os primeiros atos (em favor do governo)
surgiram de uma rede coordenada que prega pautas com as quais não concordamos.
O MBL não é pró-Bolsonaro e mantém uma linha independente. A decisão de
participar agora foi uma reação à invasão do celular do Sérgio Moro",
disse Renato Battista, um dos coordenadores do MBL.
Porta-voz do Vem Pra Rua, Adelaide Oliveira
reforçou o discurso de independência em relação ao presidente Jair Bolsonaro e
defende o ex-juiz da Lava Jato, Sergio Moro. "O hackeamento do telefone
dele foi um crime. O conteúdo revelado até agora, segundo juristas, não é
comprometedor", afirmou Adelaide. (Via: Estadão)
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