Auxiliados por carros de som,
manifestantes se reúnem na manhã deste domingo (30) em frente ao Congresso
Nacional, em ato de apoio à Lava Jato e ao ex-juiz e ministro da Justiça,
Sergio Moro.
Com a tradicional predominância das cores verde e amarelo, o protesto tem
como alvo congressistas e ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Uma das
pautas mais defendidas é a CPI da lava-toga, para investigar os magistrados.
Em frente ao Congresso foram inflados quatro bonecos gigantes. Dois do
ex-presidente Lula (ambos com roupa de presidiário), um de Moro vestido de
super-homem e um que une Lula, o ministro Gilmar Mendes (STF) e o ex-ministro
do PT José Dirceu. Esse boneco associa o STF ao PT.
Apesar de ter sido indicado ao Supremo pelo PSDB e de ser
historicamente descrito como um adversário do PT, Gilmar é um dos principais
alvos dos grupos bolsonaristas. Recentemente o ministro votou a favor de
um habeas corpus para Lula, pedido que acabou negado por uma das
turmas do STF.
O ato desse domingo, que se repete em outras cidades do Brasil, foi
convocado após a divulgação de conversas atribuídas a Moro e integrantes da
Lava Jato levantando a suspeita de que o ex-juiz tenha sido parcial no
julgamento de Lula, condenado em segunda instância no caso do tríplex do
Guarujá (SP).
A revelação dos diálogos, iniciada pelo site The Intercept Brasil em 9 de
junho, deixou o titular da Justiça sob ataque. Movimentos como VPR (Vem pra
Rua), MBL (Movimento Brasil Livre) e Nas Ruas, que foram indutores de protestos
pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT), capitaneiam a organização, ao lado de
grupos de menor capilaridade, que mantêm páginas em redes sociais.
O VPR contabilizava até a manhã deste domingo concentrações marcadas em
203 cidades e mais de 318 mil pessoas convidadas. A lista incluía atos fora do
Brasil, em lugares como Nova York, Lisboa, Genebra e Buenos Aires. Em São
Paulo, a manifestação está marcada para as 14h, na avenida Paulista. (Via: Folhapress)
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