O projeto que permite a posse ampliada de
armas de fogo em áreas rurais, caso aprovado, pode atingir um total de 5,9
milhões de propriedades. Esse é o número de imóveis registrados até 31 de maio
no Cadastro Ambiental Rural (CAR). Para ativistas e entidades rurais, o projeto
ainda não resolverá a questão da violência no campo.
As
propriedades rurais onde será possível requisitar posse somam mais de 489
milhões de hectares, mais do que toda a Região Norte. A ideia é permitir aos
donos e seus encarregados andarem armados por toda a extensão das terras. O
projeto foi aprovado na quarta-feira (26), pelo Senado e seguiu para a
Câmara.
Outro
projeto aprovado que aguarda análise permite a moradores de zonas rurais
comprarem armas a partir dos 21 anos. Antes, a idade mínima era de 25. Mais 2
milhões teriam esse direito, segundo dados do último Censo do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010.
Ativistas
e representantes de entidades rurais ouvidos pelo Estado dizem que os projetos
não resolvem os problemas de segurança das áreas rurais. “Defendemos medidas
institucionais”, diz o coordenador do Instituto Confederação Nacional da
Agropecuária, Carlos Frederico Ribeiro. “Não dá para dizer se isso (projetos)
vai aumentar a segurança ou não.” Ele sugere criação de patrulhas e delegacias
especializadas no campo.
“O
governo ainda não disse a que veio em relação à política de segurança pública.
Não há plano”, diz a conselheira do Fórum Brasileiro de Segurança Pública,
Isabel Figueiredo.
Voos
Nesta
quinta, um juiz da 20ª Vara Federal Cível de Brasília determinou a suspensão liminar
de uma resolução da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que proibia
policiais fora de serviço de portar armas durante voos. Para o magistrado, a
legislação em vigor dá a eles o direito ao porte. A decisão acolhe pedido da
Associação dos Delegados da Polícia Civil do Brasil.
Blog: O Povo com a Notícia