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segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Chuva forte que cai sobre o Grande Recife e outras regiões do Estado não é o mesmo fenômeno do centro sul da Bahia e Minas Gerais, diz Apac

Desde as primeiras horas desta segunda-feira (13), chove forte sobre o Grande Recife e outras regiões do Estado. Segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), uma Onda de Leste está provocando as precipitações, que têm intensidade variando de fraca a moderada. 

Porém, o fenômeno não é o mesmo que o centro sul da Bahia e Minas Gerais, onde uma Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) deixou cidades submersas, mortos e milhares de pessoas desabrigadas.

Apesar de atingir Pernambuco às vésperas do verão, as Ondas de Leste são mais comuns nas estações outono e inverno. O fenômeno consiste em áreas de baixa pressão que vem da África em direção à costa do Nordeste.

Ainda de acordo com a Apac, as condições atmosféricas apontam para a previsão de que as chuvas continuem principalmente no Litoral, que inclui parte do Grande Recife e Zona da Mata, além do Agreste do Estado nos próximos dias. No Sertão pernambucano, a previsão é de pancadas de chuvas isoladas no período da tarde e noite desta segunda.

Volume de chuva

A agência informou, por meio de nota, que nas últimas 24 horas os municípios que registraram maiores volumes de chuva foram Paulista (38 mm), Abreu e Lima (22 mm), Igarassu (19 mm), ilha de Itamaracá (19 mm), e Recife (18 mm).

Entenda o fenômeno da Bahia

Um temporal no extremo sul da Bahia tem afetado a vida de diversas famílias no Estado. De acordo com informações da Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec), 30 cidades estão em situação de emergência. Vilarejos e povoados da região ficaram ilhados por causa da chuva, o que dificulta o acesso dos bombeiros.

A situação de calamidade por causa das chuvas no sul e extremo sul da Bahia começou a cerca de uma semana.

De acordo com a especialista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Cláudia Valéria, o temporal é causado pela Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), uma faixa de nuvens que se estende desde o sul da região amazônica até a região central do Atlântico Sul. Esse é um fenômeno que atua todos os anos na região, durante a primavera/verão, e ocasiona um período chuvoso no Oeste, Sudoeste e Sul da Bahia.

Mas se a Zona de Convergência dura entre 3 e 4 dias, porque temos visto chuvas intensas desde o final de novembro? Este ano, tivemos a influência do La Niña. Esse é o nome dado ao resfriamento anômalo das temperaturas médias do Oceano Pacífico. Ele é capaz de provocar uma série de distúrbios em todo mundo, alterando a formação de chuvas, secas e distribuição de calor.

“As ZCAS é um fenômeno que atua todos os anos na região, período chuvoso de grande parte do estado. O diferencial é que, esse ano, estamos com influência do La Niña, então a junção acaba fazendo com que o período chuvoso dure mais tempo”, explica Valéria. Diariamente, a região sul do estado tem acumulado de 80 mm a 100 mm.

O período de maior intensidade de chuvas, entretanto, não deve durar por muito mais tempo. De acordo com as previsões, as chuvas devem perder a intensidade em todo o estado a partir do sábado (11), ainda que concentradas no Extremo Oeste.

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