Carregamentos de medicamentos, água e alimentos foram levados pela secretária estadual da Saúde, Tereza Paim, desta vez para Itapitanga, na manhã desta quarta-feira (29), em um helicóptero.
“Itapitanga é uma das cidades que foi completamente alagada;
perdemos medicamentos, perdemos vacinas também. Estamos levando apoio, com
alimento e água. Vamos visualizar in loco. Já conversei com a secretária
municipal de Saúde para ver o grau de assistência à Saúde que vamos efetivar a
partir de então”, afirmou Paim.
Municípios como Jucuruçu, Itororó, Ubaíra e Itapitanga tiveram perdas
parciais de medicamentos e vacinas em virtude do alagamento de unidades de
saúde e oscilação de energia.
Saúde preventiva
Paim destacou que, junto com resgate de emergência, está sendo feito também
um trabalho de saúde preventiva. “A partir de uma ou duas semanas, teremos que
estar prontos, voltados para a atenção primária, pois as doenças chegam de
forma grave, devastadora. Nós estamos em uma pandemia de Covid-19, em uma
epidemia de influenza, e agora nós temos esse desastre. Então, são múltiplas
funções, múltiplos profissionais que vão atuar em cada um desses municípios”.
A secretária ressaltou a importância do acolhimento nesse primeiro
momento. “É muito importante acolher as pessoas em abrigos e, de forma
preventiva, fazer a saúde para que as pessoas não sejam atingidas por
leptospirose, tétano e todas as doenças que vêm logo em seguida a todos esses
desastres. E aqui, na Bahia, essa extensão, essa territorialidade tão grande do
desastre impressiona. Então, estamos indo em vários municípios e fazendo esse
auxilio de saúde para contemplar a população”.
Prioridades
Paim explicou como são priorizadas as visitas, já que tantos municípios
estão em estado de emergência. “Nós temos um Centro de Comando e Controle de
Emergência em Saúde e todos os dias recebemos todas as planilhas de todos os
municípios. Isso nos coloca a par da gravidade de cada município. São unidades
básicas de saúde que foram perdidas, secretarias da Saúde que perderam
medicamentos e vacinas, como Itapitanga, e daí a gente elenca o grau de
gravidade e começa a agir.
Vacinas
A diretora de Vigilância Epidemiológica da Bahia, Márcia São Pedro,
ressalta que, até o momento, quatro municípios sinalizaram perdas relacionadas a vacinas.
“Salas de vacinação foram alagadas e a rede de frios foi afetada com a
oscilação ou falta de energia. Os municípios de Itororó e Ubaíra confirmaram
perdas, mas não puderam quantificar e especificar quais vacinas. E, no caso de
Itapitanga e Itapé, os imunobiológicos estão sob suspeita em virtude da falta
de energia por um tempo prolongado, fazendo oscilar a temperatura das vacinas”,
pontua a diretora.
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