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quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Medicamentos para atender mais de 35 mil baianos afetados pela chuva são entregues

Carregamentos de medicamentos, água e alimentos foram levados pela secretária estadual da Saúde, Tereza Paim, desta vez para Itapitanga, na manhã desta quarta-feira (29), em um helicóptero.

“Itapitanga é uma das cidades que foi completamente alagada; perdemos medicamentos, perdemos vacinas também. Estamos levando apoio, com alimento e água. Vamos visualizar in loco. Já conversei com a secretária municipal de Saúde para ver o grau de assistência à Saúde que vamos efetivar a partir de então”, afirmou Paim.

Municípios como Jucuruçu, Itororó, Ubaíra e Itapitanga tiveram perdas parciais de medicamentos e vacinas em virtude do alagamento de unidades de saúde e oscilação de energia.

Saúde preventiva

Paim destacou que, junto com resgate de emergência, está sendo feito também um trabalho de saúde preventiva. “A partir de uma ou duas semanas, teremos que estar prontos, voltados para a atenção primária, pois as doenças chegam de forma grave, devastadora. Nós estamos em uma pandemia de Covid-19, em uma epidemia de influenza, e agora nós temos esse desastre. Então, são múltiplas funções, múltiplos profissionais que vão atuar em cada um desses municípios”.

A secretária ressaltou a importância do acolhimento nesse primeiro momento. “É muito importante acolher as pessoas em abrigos e, de forma preventiva, fazer a saúde para que as pessoas não sejam atingidas por leptospirose, tétano e todas as doenças que vêm logo em seguida a todos esses desastres. E aqui, na Bahia, essa extensão, essa territorialidade tão grande do desastre impressiona. Então, estamos indo em vários municípios e fazendo esse auxilio de saúde para contemplar a população”.

Prioridades

Paim explicou como são priorizadas as visitas, já que tantos municípios estão em estado de emergência. “Nós temos um Centro de Comando e Controle de Emergência em Saúde e todos os dias recebemos todas as planilhas de todos os municípios. Isso nos coloca a par da gravidade de cada município. São unidades básicas de saúde que foram perdidas, secretarias da Saúde que perderam medicamentos e vacinas, como Itapitanga, e daí a gente elenca o grau de gravidade e começa a agir.

Vacinas

A diretora de Vigilância Epidemiológica da Bahia, Márcia São Pedro, ressalta que, até o momento, quatro municípios sinalizaram perdas relacionadas a vacinas. “Salas de vacinação foram alagadas e a rede de frios foi afetada com a oscilação ou falta de energia. Os municípios de Itororó e Ubaíra confirmaram perdas, mas não puderam quantificar e especificar quais vacinas. E, no caso de Itapitanga e Itapé, os imunobiológicos estão sob suspeita em virtude da falta de energia por um tempo prolongado, fazendo oscilar a temperatura das vacinas”, pontua a diretora.

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