O governador Paulo Câmara demitiu o perito criminal Diego Costa que prestou consultoria de segurança ao Colégio Nossa Senhora Auxiliadora após o assassinato da menina Beatriz, há seis anos, em Petrolina, no Sertão do Estado.
O perito era sócio de uma empresa de segurança que foi
contratada pela escola e, posteriormente, participou da investigação do caso.
A informação foi dada por Paulo Câmara ao receber os pais de
Beatriz no Palácio do Campo das Princesas, nesta terça-feira. A exoneração será
publicada no Diário Oficial do Estado de amanhã (29/12).
Paulo Câmara recebeu os pais de Beatriz, que vieram em
caminhada de Petrolina ao Recife, ao lado da vice-governadora Luciana Santos,
do secretário de Defesa Social, Humberto Freire, do secretário da Casa Civil,
José Neto, do Chefe de Polícia Civil, Nehemias Falcão, e da procuradora-geral
do Estado em exercício, Giovana Gomes. O governador assegurou aos pais da
menina que é favorável à federalizacão da investigação.
“Estamos totalmente solidários ao sofrimento da família e
somos favoráveis à federalizacão do caso. Vamos prestar toda a colaboração
necessária, ciente que cabe à Procuradoria-Geral da República ou ao Ministério
da Justiça avaliar se estão presentes os requisitos legais para a
referida federalização”, disse o governador.
O inquérito do caso tem 24 volumes, 442 depoimentos, sete
tipos diferentes de perícias, 900 horas de imagens e 15 mil chamadas
telefônicas analisadas e foi remetido ao Ministério Público de Pernambuco, no
dia 13 de dezembro de 2021.
Os autos já haviam sido enviados em 2019, ao Ministério
Público de Pernambuco, que requisitou novas diligências. Todas as solicitações
foram cumpridas e entregues ao MPPE pela Força-Tarefa criada pela Chefia de
Polícia para investigar o caso.
Os quatro delegados, com vasta experiência em investigações
relativas a crimes de homicídios, revisitaram todo o material que já havia sido
produzido e realizaram novas diligências. Por determinação do governador, a
Força-Tarefa continua mobilizada.
Sobre o pedido de acesso aos conteúdos da investigação por
parte de uma empresa privada americana, sem vínculo com o Governo dos EUA ou
suas representações diplomáticas no Brasil, a Secretaria de Defesa Social
esclareceu que esse tipo de cooperação não encontra respaldo na legislação
brasileira.
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