O presidente nacional do Psol, Juliano Medeiros, admitiu que uma chapa presidencial encabeçada por Lula e composta com Geraldo Alckmin (PSB), afasta o partido de uma aliança ou mesmo federação partidária com o PT.
No último mês, avançaram as negociações do ex-governador de São Paulo que deve se filiar ao PSB, para ser vice de Lula em 2022.
O Psol, por sua vez, já tinha anunciado que não vai lançar candidato próprio no próximo ano e que pretende apoiar o ex-presidente, que atualmente lidera as pesquisas de intenções de voto.
Em entrevista ao Poder360, contudo, Juliano diz que não vê "sentido" em ter na frente democrática nomes como o do atual governador João Doria (PSDB) e do ex-tucano Geraldo Alckmin, pois compartilham de "valores" diferentes.
“Não faz muito sentido pensar numa frente democrática de esquerda que tenha no seu interior partidos ou lideranças que não compartilham dos nossos valores. O João Doria, o Mandetta, o Amoedo e também o Alckmin se abstiveram de impedir que essa tragédia [o governo Bolsonaro] acontecesse no nosso país. É um erro ter a presença de Alckmin”, afirmou.
A posição imediata não é de vetar o apoio à chapa, mas ele reconhece que o nome de Alckmin é um "elemento dificultador" para agregar correligionários do Psol e outros representantes da esquerda.
“O elemento Alckmin é um dificultador, mas não necessariamente vai inviabilizar essa construção. O fundamental é saber o que essa frente vai defender. Se essa frente tiver um programa, uma identidade de esquerda, bom, aí a contradição de estar nessa frente é do Geraldo Alckmin, não é nossa”, disse Juliano.
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