A variante ômicron já representa 31,7% dos testes positivos para detecção de Covid no Brasil, segundo levantamento feito por laboratórios do país.
O estudo, realizado em 16 estados durante grande parte do mês de dezembro, foi coordenado pelo ITpS (Instituto Todos pela Saúde) em parceria com os laboratórios Dasa e DB Molecular.
A investigação contou com a análise de mais de 30 mil testes RT-PCR especiais feitos nas duas redes de laboratórios entre 1º e 25 de dezembro. Constatou-se assim que 640 foram positivos para o Sars-CoV-2, vírus que causa a Covid-19. Dentre esses, 203 (31,7%) eram de infecções causadas pela nova variante.
Segundo o ITpS, a cepa foi encontrada em oito estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia, Goiás, Santa Catarina e Tocantins.
O ITpS ainda afirmou em nota enviada à imprensa que dados do Ministério da Saúde indicam que já existem 74 casos confirmados causados pela ômicron no país. Outros 116 estão sob investigação.
A ômicron foi sequenciada inicialmente na África do Sul em novembro deste ano. Dados preliminares indicam que ela é mais transmissível que outras variantes, como a delta, embora não desenvolva quadros graves em muitos dos infectados.
Nesta quarta (29), Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), afirmou que o "tsunami" criado pela circulação simultânea das variantes delta e ômicron da Covid está levando "os sistemas de saúde à beira do colapso".
Um boletim da organização também lançado nesta quarta indicou um aumento de 39%, comparando com a semana passada, dos casos de Covid em todo o continente americano. Grande parte deles foi registrados nos Estados Unidos, Argentina e Canadá.
Já no número de mortes, houve um incremento de 7% no continente ao se comparar com a semana anterior. Neste caso, o Brasil figura no segundo lugar dos países que mais registraram óbito na América –no total foram 997 novas mortes no país, segundo a organização.
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