O mundo registrou, pela primeira vez, mais de um milhão de casos em um único dia: 1,4 milhão. Os dados são da plataforma "Our World in Data", ligada à Universidade de Oxford.
Os
dados são compilados desde janeiro de 2020. O primeiro grande pico foi
registrado em 7 de janeiro deste ano, com quase 900 mil casos. Três meses
depois, em abril, a marca de 900 mil foi rompida três vezes. Em dezembro, com a
variante ômicron circulando, os registros diários se aproximaram de um milhão,
batendo a marca nas últimas 24 horas.
7 de janeiro de 2021: 892,8 mil
22 de abril de 2021: 902,6 mil
23 de abril de 2021: 904,4 mil
28 de abril de 2021: 905,8 mil
23 de dezembro de 2021: 983,3 mil
27 de dezembro de
2021: 1,4 milhão
O país com o maior número de casos registrados
foram os Estados Unidos, com mais de 512.553 casos, cerca de 37% do total. Em
seguida vêm o Reino Unido (318.699, equivalente a 23%) e a Espanha (15%). É
importante lembrar, entretanto, que países como o Reino Unido estão entre os
que mais testam no mundo – por isso, é possível que haja casos ainda mais casos
não rastreados em outros lugares.
Apesar da incerteza por causa dos níveis diferentes
de testagem entre os países, mesmo no continente europeu, a Europa é a região
responsável por mais da metade dos casos registrados na segunda-feira (27): dos
1,4 milhão de casos, 763.876 foram vistos nessa parte do mundo (o equivalente a
54,5% do total).
Também segundo o "Our World in Data", a
Europa tem apenas 60,73% da população totalmente vacinada contra a Covid-19. No
Brasil, esse percentual está próximo dos 67%.
O
percentual europeu, entretanto, esconde realidades distintas entre os países:
enquanto em Gibraltar – território ultramarino britânico – a cobertura vacinal
está acima dos 100%, na Bósnia, na Armênia e em Guernsey, por exemplo, o
percentual está em torno de 22%, os mais baixos da região.
Países
reforçam medidas contra ômicron
Na segunda-feira (27), países como Alemanha,
França, Reino Unido e Estados Unidos anunciaram restrições para
conter a variante ômicron.
Na
Alemanha, os encontros em grupo têm limite máximo de 10 pessoas vacinadas ou
recuperadas da doença. Grandes eventos culturais e esportivos devem ocorrer sem
público.
Na
França, onde os 100 mil novos casos foram superados pela primeira vez em 24
horas desde o início da pandemia, o passaporte sanitário atual deve ser
substituído pelo passaporte de vacinação. O país também decidiu que vai tornar
compulsório o trabalho em casa pelo menos três dias por semana.
Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte
decretaram novas restrições que incluem limite no total de pessoas em
encontros, funcionamento de bares e distanciamento social. Enquanto isso, na
Inglaterra, o governo aguarda mais evidências sobre se o serviço de saúde
consegue lidar com as altas taxas de infecção.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC),
órgão de saúde dos Estados Unidos, atualizou nesta segunda-feira (27) suas
diretrizes de isolamento para casos confirmados de Covid-19. O tempo
recomendado passa de 10 para 5 dias, seguido de uso constante de máscara por
mais 5 dias quando o paciente estiver em contato com outras pessoas.
O
doutor Anthony Fauci, a maior autoridade de doenças infecciosas do país, pediu
nesta segunda que as pessoas evitem aglomerações de Ano Novo para diminuir a
disparada de casos provocados pela ômicron. (Via: G1)
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