Um líder religioso foi preso na manhã desta sexta-feira (10) suspeito de utilizar uma falsa casa espírita para estuprar mulheres que buscavam o local em busca de cura espiritual. O caso foi registrado na cidade do Crato, a 508 km de Fortaleza.
A
"Operação Santo Nome em Vão" apurou que o ex-auxiliar de enfermagem
Francisco José Alexandre de Sousa usava argumentos de curar as mulheres que
buscavam cura de alguma doença. Segundo a Polícia Civil, Francisco José dopava as vítimas
com remédios ministrados por ele, estuprava e, por vezes, as submetia a sessões
de tortura com a desculpa que estava tirando espíritos impuros.
O acusado é proprietário de
uma falsa casa espírita na cidade do Crato denominada "Lar Espírita Maria
de Nazaré".
Banho medicinal e ameaças
As
vítimas também relataram passar por banhos ditos medicinais em que o acusado
praticava atos libidinosos. Há também relatos de ameaças; uma das vítimas diz
que teve uma arma apontada para a sua cabeça após o ex-auxiliar de enfermagem
dizer que ela era sua "prometida" — fato que ele argumentava para
várias mulheres alegando que sua esposa estava próximo de morrer.
Na casa do suspeito, no Bairro
Mirandão, ele praticava rituais com velas, usando bebida alcoólica, tendo uma
das denunciantes sofreu queimadura na mão. Os mandados foram cumpridos tanto na
casa do denunciado como também na falsa Casa Espírita.
Ainda de acordo com o G1 CE, a "Operação Santo Nome em Vão" refere-se a um dos 10 mandamentos da Lei
de Deus, sendo usado nessa operação em alusão ao acusado que usava o nome de
Deus para praticar atos criminosos.
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