O ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro (Podemos) chamou de "manobras jurídicas" a decisão de reconhecer a prescrição no processo que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no caso do tríplex do Guarujá (SP).
"Manobras jurídicas enterraram de vez o caso do Triplex de Lula, acusado na Lava Jato. Crimes de corrupção deveriam ser imprescritíveis, pois o dano causado à sociedade, que morre por falta de saúde adequada, que não avança na educação, jamais poderá ser reparado", escreveu, no Twitter.
Em junho, o STF (Supremo Tribunal Federal) considerou Moro parcial ao julgar Lula no processo do tríplex, no qual o petista foi condenado em julho de 2017.
O Ministério Público Federal (MPF) reconheceu a prescrição do processo envolvendo o tríplex atribuído a Lula. O MPF citou a decisão do STF que anulou as condenações do petista e transferiu o caso para Justiça Federal de Brasília.
O tríplex
No caso do tríplex, Lula foi acusado de "lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, envolvendo o pagamento de reforma, ocultação e dissimulação da titularidade do apartamento 164-A, tríplex, e do beneficiário das reformas realizadas".
Além de Lula, os outros réus do processo eram Marisa Letícia Lula da Silva, esposa do petista morta em 2017; o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto; os ex-presidentes da OAS José Adelmario Pinheiro Filho, Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Fabio Horia Yonamine e Roberto Moreira Ferreira.
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