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segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Unidades de saúde do Recife registram filas e aumento de pacientes com sintomas de gripe após fim de semana do Natal

Passado o fim de semana do Natal, nesta segunda-feira (27), muita gente com sintomas de gripe procurou atendimento médico nas emergências do Recife. Dores no corpo, febre e tosse são alguns dos sintomas de quem procurou atendimento nas unidades de saúde da cidade.

Na Upinha Governador Eduardo Campos, na Bomba do Hemetério, na Zona Norte do Recife, os atendimentos diários na unidade de saúde passaram de dez para quase 50. Os números começaram a aumentar na semana passada.

De acordo com a Secretaria de Saúde do Recife, até o momento, o município confirmou 818 casos de influenza subtipo A (H3N2). Três destes pacientes morreram. Eles tinham 46, 68 e 69 anos.

Procurada pelo g1, a Secretaria de Saúde do Estado (SES) afirmou que um novo boletim com os números oficiais atualizados dos casos de gripe será divulgado apenas na terça-feira (28).

Os casos da gripe H3N2 têm aumentado de forma rápida em Pernambuco. De acordo com o último boletim da Secretaria de Saúde do estado foram confirmados 222 casos da doença e, até a quinta (23), três pessoas morreram vítimas do vírus. O governo também já confirmou transmissão comunitária da Influenza A H3N2.

Os cuidados pra evitar a contaminação devem ser os mesmos da Covid-19. Usar máscara, lavar as mãos, evitar aglomeração e, em casos de sintomas, tentar se isolar. O que foi difícil para algumas pessoas que se reuniram com a família para celebrar o Natal.

Na Upinha, uma área é separada para pacientes com sintomas respiratórios. A auxiliar de serviços gerais Ângela Diniz tem tossido muito. “Os sintomas começaram no domingo, às 12h. Desde então eu não durmo nada e estou com muita dor nas pernas, na cabeça”, contou.

A auxiliar de tecnologia da informação Angelvita Maria da Conceição e a filha, Sofia, de 2 anos, estão gripadas. “Muita tosse seca, muita dor de cabeça e parece uma chikungunya. A diferença é a tosse. É muito forte e seca”, observou.

O que há em comum entre muitos pacientes que procuraram atendimento nesta segunda é o fato de terem apresentado sintomas no dia seguinte à ceia de Natal, quando se encontraram com familiares e amigos.

De acordo com a reportagem da TV Globo, em vários lugares onde há atendimento para doenças respiratórias a espera tem sido muito longa.

Edilson José da Silva chegou na policlínica Amaury Coutinho, na Campina do Barreto às 23h do domingo (26) com a mãe, que está doente e tem 74 anos. Eles passaram pela triagem e ficaram aguardando.

“Hoje de manhã que a moça entregou essa ficha para a minha mãe ser atendida. Eu tive que ir lá no diretor para fazer esse questionamento, porque a minha mãe é idosa, tem 74 anos. É diabética, hipertensa e até agora a minha mãe não foi atendida”, reclamou, durante a manhã desta segunda.

Após muita espera, por volta das 10h, a mãe de Edilson conseguiu ser atendida, 11 horas depois de chegar à unidade de saúde.

De acordo com o diretor da policlínica, Robson Cordeiro, os atendimentos são feitos dependendo da gravidade do caso. “Já houve um reforço nas escalas e a gente está reforçando ainda mais essas escalas para que diminua esse tempo de espera para o paciente”, explicou.

A emergência da policlínica estava lotada. A unidade de saúde está realizando mais de 200 atendimentos por dia.

O diretor acrescentou que, após consulta médica, caso seja identificado que o paciente tem necessidade de realizar exames, ele faz na própria unidade e é colocado em observação.

“Quando necessário também solicitamos internamento. Pacientes com sintomas leves são medicados e têm alta, para casa. A gente recomenda que pacientes com sintomas leves usem o serviço Atende em Casa”, destacou

Na casa da auxiliar de cozinha Iracema Gomes todo mundo está gripado. “Tem dois netos, meu marido e a minha filha. Todos doentes, com essa gripe. Meu marido que estava pior, até com febre. E eu estou mais com essa tosse”, disse. (Via: G1 PE)

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