Passado o fim de semana do Natal, nesta segunda-feira (27), muita gente com sintomas de gripe procurou atendimento médico nas emergências do Recife. Dores no corpo, febre e tosse são alguns dos sintomas de quem procurou atendimento nas unidades de saúde da cidade.
Na Upinha Governador Eduardo
Campos, na Bomba do Hemetério, na Zona Norte do Recife, os atendimentos diários
na unidade de saúde passaram de dez para quase 50. Os números começaram a
aumentar na semana passada.
De acordo com
a Secretaria de Saúde do Recife, até o momento, o município confirmou 818 casos
de influenza subtipo A (H3N2). Três destes pacientes morreram. Eles tinham 46,
68 e 69 anos.
Procurada pelo g1, a Secretaria de
Saúde do Estado (SES) afirmou que um novo boletim com os números oficiais
atualizados dos casos de gripe será divulgado apenas na terça-feira (28).
Os casos da
gripe H3N2 têm aumentado de forma rápida em Pernambuco. De acordo com o último
boletim da Secretaria de Saúde do estado foram confirmados 222 casos da doença e, até a quinta (23), três
pessoas morreram vítimas do vírus. O governo também já confirmou transmissão comunitária da Influenza A H3N2.
Os cuidados
pra evitar a contaminação devem ser os mesmos da Covid-19. Usar máscara, lavar
as mãos, evitar aglomeração e, em casos de sintomas, tentar se isolar. O que
foi difícil para algumas pessoas que se reuniram com a família para celebrar o
Natal.
Na
Upinha, uma área é separada para pacientes com sintomas respiratórios. A
auxiliar de serviços gerais Ângela Diniz tem tossido muito. “Os sintomas
começaram no domingo, às 12h. Desde então eu não durmo nada e estou com muita
dor nas pernas, na cabeça”, contou.
A auxiliar de tecnologia da
informação Angelvita Maria da Conceição e a filha, Sofia, de 2 anos, estão
gripadas. “Muita tosse seca, muita dor de cabeça e parece uma chikungunya. A
diferença é a tosse. É muito forte e seca”, observou.
O que há em
comum entre muitos pacientes que procuraram atendimento nesta segunda é o fato
de terem apresentado sintomas no dia seguinte à ceia de Natal, quando se
encontraram com familiares e amigos.
De acordo com
a reportagem da TV Globo, em
vários lugares onde há atendimento para doenças respiratórias a espera tem sido
muito longa.
Edilson José da Silva chegou
na policlínica Amaury Coutinho, na Campina do Barreto às 23h do domingo (26)
com a mãe, que está doente e tem 74 anos. Eles passaram pela triagem e ficaram
aguardando.
“Hoje de manhã
que a moça entregou essa ficha para a minha mãe ser atendida. Eu tive que ir lá
no diretor para fazer esse questionamento, porque a minha mãe é idosa, tem 74
anos. É diabética, hipertensa e até agora a minha mãe não foi atendida”,
reclamou, durante a manhã desta segunda.
Após muita
espera, por volta das 10h, a mãe de Edilson conseguiu ser atendida, 11 horas
depois de chegar à unidade de saúde.
De acordo com o diretor da
policlínica, Robson Cordeiro, os atendimentos são feitos dependendo da
gravidade do caso. “Já houve um reforço nas escalas e a gente está reforçando
ainda mais essas escalas para que diminua esse tempo de espera para o
paciente”, explicou.
A emergência
da policlínica estava lotada. A unidade de saúde está realizando mais de 200
atendimentos por dia.
O diretor acrescentou que,
após consulta médica, caso seja identificado que o paciente tem necessidade de
realizar exames, ele faz na própria unidade e é colocado em observação.
“Quando
necessário também solicitamos internamento. Pacientes com sintomas leves são
medicados e têm alta, para casa. A gente recomenda que pacientes com sintomas
leves usem o serviço Atende em Casa”, destacou
Na
casa da auxiliar de cozinha Iracema Gomes todo mundo está gripado. “Tem dois
netos, meu marido e a minha filha. Todos doentes, com essa gripe. Meu marido
que estava pior, até com febre. E eu estou mais com essa tosse”, disse. (Via: G1 PE)
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