Uma troca de agressões entre uma paciente que reclamava da demora no atendimento e uma médica da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Torrões, na Zona Oeste do Recife, ocorrida na madrugada desta quarta-feira (22) é investigada pela Polícia Civil. A confusão foi filmada e o vídeo da agressão foi enviado para o WhatsApp da Globo (veja vídeo abaixo).
As
imagens mostram as duas mulheres discutindo. Em determinado momento da
discussão, a paciente, que estava vestida com uma roupa preta, chuta a médica,
que revidou a agressão com tapas.
Durante a gravação, a paciente disse: “É um desrespeito você
estar com paciente aqui desse jeito”. A médica, que estava usando um jaleco e
uma máscara de proteção contra a Covid-19 no queixo no momento da discussão,
responde: “Desrespeito é você”.
Em seguida, um segurança da UPA, vestido de preto, entra no
meio da briga e separa as duas. No vídeo, é possível ver que a paciente tentar
agredir novamente a funcionária, que depois entra na sala de atendimento.
Por meio de nota, a Polícia Militar(PM)
informou que agentes do 12º Batalhão foram acionados para essa ocorrência na
UPA dos Torrões, que fica localizada na Avenida Abdias de Carvalho. Ainda
segundo a corporação, a médica e a paciente foram levadas para a Central de
Plantões da Capital, da Polícia Civil.
Por meio de
nota, a Polícia Civil disse que a médica tem 25 anos e registrou
uma ocorrência de lesão corporal. Segundo a corporação, ela “afirmou que foi
agredida fisicamente pela autora, uma mulher de 27 anos, dentro do
estabelecimento, após iniciarem uma discussão”. Um inquérito foi aberto para
investigar o caso.
Resposta da UPA
Também por meio de nota,
divulgada pela Secretaria Estadual de Saúde, a direção da UPA dos Torrões
afirmou que, durante o atendimento em um dos consultórios do serviço, a médica
"precisou sair da sala, quando encontrou a paciente exaltada e que, após
uma discussão verbal, a agrediu com um chute".
Ainda no texto, a direção da UPA
contou que "um segurança estava ao lado e atuou de imediato para conter a
situação" e que, devido ao ocorrido, "a médica precisou se ausentar
do plantão para prestar queixa policial e fazer o exame de corpo de delito no
IML [Instituto de Medicina Legal]".
Sobre a demora no atendimento, a
unidade informou que, "apesar do aumento da demanda de pacientes nos
últimos dias, a maior parte com sintomas gripais, o serviço está com as escalas
completas de profissionais e atendendo de acordo com a classificação de risco,
dando prioridade aos casos mais graves e com risco de morte".
Ainda de acordo com o G1 PE, também no comunicado, a UPA
contou que "tem cumprido com seu papel dentro da rede de saúde e atuado
para qualificar permanentemente o fluxo de atendimento, focando sempre na
melhoria do acolhimento dos pacientes".
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