Lideranças presentes no Quartel-General do Exército passaram a manhã deste sábado (31/12) discursando agressivamente contra a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que ocorre no domingo (1º/1).
Com pedidos por intervenção federal, do atual presidente em exercício, Hamilton Mourão, e também por ajuda militar, algumas figuras do acampamento inflamam o discurso ameaçando “matar ou morrer”, no sentido de incentivar uma guerra civil, caso a vontade deles não seja feita. A última esperança seria o anúncio de uma intervenção militar durante pronunciamento de Mourão, neste sábado, às 20h.
“Hoje, o que a gente espera é uma atitude desse presidente em exercício. Eu vim aqui para lutar, tanto na teoria, quanto na prática. Se for para ser na prática, eu estou aqui”, disse uma liderança do QG Márcio Castro Rodrigues.
Outro manifestante, o indígena e cacique Ataíde, também comentou sobre a fala de Mourão. “Se não falar coisa que nos agrade, o trem vai ficar feio porque nós não estamos com brincadeira. Se eles falarem que não vai fazer [intervenção militar], nós vamos fazer”, afirmou.
Para ele, o “último cartucho” são as Forças Armadas. “Se eles não tomarem providência, quem vai ter que tomar providência é o povo”, disse o indígena.
“Maldito do homem que confia no homem. Nós temos que confiar em nós, nação brasileira. Nós estamos aqui para matar ou morrer, nós estamos aqui pra brigar porque nós somos brasileiros, a gente se honra”, afirmou o indígena.
No discurso o cacique também fez ameaças ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. “Se eles [Forças Armadas] baixarem a bola para o Alexandre de Moraes, a nação está no sal. Eu quero que o Exército fuzile ele, que mate ele”, ameaçou.
No local, os manifestantes ainda clamam pelo retorno de Bolsonaro ao Brasil. Confira:
Ao menos 11 ônibus
Ao final da manhã deste sábado (21/12), mais quatro ônibus chegaram ao Setor Militar Urbano (SMU) com apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Mais cedo, era possível ver o acampamento localizado no QG do Exército ficando cada vez mais cheio.
Na ocasião, chegaram ainda sete ônibus, ou seja, pelo menos 11 veículos trouxeram bolsonaristas a Brasília. (Via: Metrópoles)
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