A campanha de Bolsonaro (PL) visando a sua reeleição, em 2022, precisou devolver para a União um valor milionário por causa do uso de transporte oficial em alguns eventos. Isso porque o ex-presidente se deslocou, entre agosto e outubro do ano passado para eventos, mas, em suas participações, não utilizou de um tom eleitoral. Por conta disso, ao todo, Bolsonaro teve que devolver R$ 6,7 milhões para os cofres públicos. As informações são do colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles.
O detalhe é que esse recurso devolvido não saiu dos bolsos do ex-presidente. Segundo a Secretaria de Controle Interno da Presidência da República, o valor foi pago pelo Partido Liberal (PL), legenda ao qual Bolsonaro faz parte.
Durante a campanha eleitoral de 2022, foram instruídos 53 processos referentes aos eventos eleitorais, cujo somatório das despesas com transporte oficial apontou para o valor total de R$ 6.737.274,38, que foi integralmente ressarcido pelo partido político do ex-presidente da República”, informou a Presidência.
Esse ressarcimento é previsto pela Lei 9.504/97, a Lei das Eleições que, em seu artigo 76 prevê essa cobrança. No caso, esse artigo diz que a Secretaria de Controle Interno deve enviar a cobrança ao partido ou à coligação em até 10 dias após o resultado oficial do pleito eleitoral. Esses gastos, inclusive, estão sendo analisados por uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU).
No foco do Tribunal estão algumas cerimônias como as comemorações do Bicentenário da Independência, no 7 de Setembro. Neste caso em específico, as despesas de Bolsonaro e sua equipe giraram em torno dos R$ 3,3 milhões. Além disso, tem os valores gastos na ida do ex-presidente para o funeral da Rainha Elisabeth e para uma Assembleia Geral da ONU. Em todas elas, Bolsonaro teria explorado temas abordados na campanha eleitoral.
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