O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste sábado (28) que 2022 foi "um desastre", mas que hoje ele considera tudo "página virada". As declarações foram feitas em evento do PL Mulher em Goiânia (GO). Ele estava com a mulher, Michelle Bolsonaro.
"Quis Deus me dar segunda vida e quatro anos de presidente da República. Houve um desastre no ano passado. Ninguém entende o que aconteceu, mas vamos considerar página virada. Vamos continuar lutando pelo nosso Brasil. Temos um legado", disse o ex-presidente.
O que aconteceu?
Michelle dirigiu um evento político com várias referência religiosas no Centro de Convenções de Goiânia (GO), na área central da capital do estado, na manhã deste sábado (28).
Ela disse que o marido foi "um homem que não perdeu as eleições". E continuou: "Um homem que elegeu a maior bancada conservadora do congresso. Ele é um homem vitorioso."
No final do evento, Jair Bolsonaro apareceu e deu uma palavra rápida para as militantes do PL, mencionando que era preciso avançar para as eleições municipais de 2024 e a disputa de 2026
"Vamos plantar para o ano que vem e para colhermos também em 2026", disse o ex-presidente.
Bolsonaro afirmou que "um deputado federal" do partido seria candidato à Prefeitura de Goiânia. Ele estava justamente reunido com parlamentares do estado antes de chegar ao evento.
Mulheres não devem atuar por cotas, diz Bolsonaro
Bolsonaro criticou as cotas femininas. "O PL Mulher tem aparecido. As mulheres se interessam pela política pela sua capacidade, vontade de servir, e não por cotas, porque não deve ser dessa maneira."
Mais cedo, Michelle criticou a demissão da então presidente da Caixa, Rita Serrano. Ela foi tirada do cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para atender a um homem indicado pelo centrão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ex-aliado de Bolsonaro e, agora, integrante da base do governo petista.
"Nós não fazemos um discurso de que temos que ter várias mulheres num governo", disse a ex-primeira-dama.
Michelle afirmou que "lançam campanha contra misoginia e, em seguida, demitem uma mulher. Neste momento, foi a presidente da Caixa. É só um discurso mentiroso para atingir um projeto. Depois demite essa mulher para fazer aliança com interesses políticos. O que é falso vai ser descoberto."
Durante o governo de Bolsonaro, o então presidente da Caixa Pedro Guimarães foi demitido após a acusação de assediar sexualmente as servidoras do banco. Neste ano, ele virou réu na Justiça.
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