O deputado federal André Janones, representante do Avante-MG, surpreendeu ao lançar um livro intitulado "Janonismo Cultural: O Uso das Redes Sociais e a Batalha pela Democracia no Brasil". De acordo com o colunista Ricardo Noblat, nessa obra, ele revela histórias sobre a criação de notícias falsas com o propósito de influenciar as eleições do ano passado em favor de Lula, com Bolsonaro no centro da controvérsia.
Um dos casos apresentados é a disseminação de informações falsas sobre o desaparecimento do celular de Gustavo Bebianno, o então ministro que Bolsonaro demitiu logo após assumir a presidência em 2019. Rumores sobre conteúdo comprometedor no dispositivo circulavam, e Janones admite insinuar, por meio das redes sociais, que tinha acesso a esse conteúdo para "atormentar" Bolsonaro. Ele justifica suas ações no livro, afirmando que Bolsonaro temia que ele entregasse documentos a Lula.
Ainda segundo Noblat, outra notícia falsa propagada por Janones envolve o ex-presidente Fernando Collor de Mello, que supostamente seria ministro em um segundo governo de Bolsonaro, uma resposta à afirmação de Bolsonaro de que, se Lula vencesse, José Dirceu seria ministro. Janones justifica suas ações, argumentando que Collor poderia muito bem ser ministro de Bolsonaro, uma vez que o apoiou.
Além disso, Janones detalha como explorou o caso do vídeo gravado por Bolsonaro, no qual ele mencionava um encontro com um grupo de meninas venezuelanas refugiadas. Ele admitiu ter provocado a situação nas redes sociais, publicando uma foto em São Sebastião e afirmando ter "depoimentos, gravações, testemunhas e provas incontestáveis" para fazer com que Bolsonaro parecesse desonesto.
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