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quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Deputado bolsonarista incentivou tentativa de golpe, conclui PF

A Polícia Federal (PF) concluiu, em relatório que faz parte de um dos inquéritos que investiga os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro e foi apresentado nesta terça-feira (18) ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o deputado federal General Girão (PL-RN) cometeu crimes ao ter incentivado seus seguidores a pedir intervenção militar.

Segundo o documento, existem “evidências suficientes” que comprovam a prática de crimes e a potencial responsabilização do deputado bolsonarista. Durante seu depoimento, Girão refutou as acusações e alegou que, ao mencionar as Forças Armadas, estava se referindo de maneira ampla e dentro dos parâmetros constitucionais.

Uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, que atendeu a uma solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR), deu início à investigação em julho deste ano. Girão está sendo investigado por suspeitas de associação criminosa, incitação a delito, atentado contra a ordem democrática e tentativa de golpe de Estado.

O delegado da PF reitera, no documento, que “fica clara a continuidade da conduta do representado de acusar a existência de fraude no processo eleitoral e a desonestidade do Poder Judiciário e seus membros, de modo a incitar seus seguidores a protestar por intervenção das Forças Armadas”.

O Ministério Público Federal (MPF) moveu, em abril, uma ação contra o deputado General Girão e a União por danos morais coletivos por estímulo a atos antidemocráticos em frente a um quartel no Rio Grande do Norte.

Conforme o MPF, os então comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, integrantes da União, divulgaram nota estimulando os acampamentos, e que o parlamentar fez reiteradas postagens em suas redes sociais conspirando contra o Estado Democrático de Direito.

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