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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Pernambuco e mais oito estados possuem risco de apagões e sobrecarga “inadmissível” na rede elétrica, afirma ONS

Pernambuco é um dos nove estados citados em um relatório do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) sobre a segurança do sistema elétrico, que destaca o risco de efetivos apagões, nos próximos cinco anos, devido ao crescimento da geração de energia por meio de painéis solares.

O ONS — que é o órgão responsável pela coordenação e controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia — vê risco de sobrecarga “inadmissível” em subestações do Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Mato Grosso, Rondônia, Bahia, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Piauí. 

De acordo com informações do Jornal O Globo, o perigo é decorrente de sobrecarga em subestações de transmissão de energia elétrica — que estariam com uma demanada superior à capacidade operacional de curta duração dos transformadores. Os dados constam do Plano de Operação Elétrica de Médio Prazo do Sistema Interligado Nacional, que mira o período entre 2025 e 2029.

Em 2023, o país sofreu um apagão de seis horas em 25 estados, justamente em razão de problemas com a intermitência da energia solar e eólica. De acordo com o órgão, o início do apagão “foi consequência do desempenho dos parques eólicos e fotovoltaicos observado em campo ter sido inesperado”.

Ainda de acordo com o Jornal O Globo, um dos efeitos preocupantes da energia gerada de forma descentralizada é o chamado “fluxo reverso” de energia — fenômeno que gera, por exemplo, o risco de sobrecarga no sistema, o que pode resultar em desligamento do sistema de transmissão por excesso de carga elétrica.

O fluxo reverso ocorre quando, ao invés de a energia fluir da transmissora para a distribuidora, o excesso de energia gerada e não usada pelos consumidores residenciais e comerciais com painéis solares fazem o caminho inverso, passando da distribuidora para o sistema de transmissão.

BNews entrou em contato com a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) para entender os riscos deste fenômeno no dia-a-dia dos baianos. No entanto, até a publicação desta reportagem não obteve retorno. O espaço segue aberto em caso de eventual manifestação futura.

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