Após a oposição usar a entrevista
em que Michel Temer (MDB) diz ter sido apoiado por Paulo Câmara (PSB) contra o
governador, aliados do socialista rebateram voltando a ligar o palanque
adversário ao presidente, que tem baixa popularidade principalmente no
Nordeste. “Esse Temer realmente não se dá ao respeito. Se passar por
ventríloquo de uma oposição perdida, sem projeto para o Estado e que sequer tem
coragem de defendê-lo, é o fundo do poço do pior presidente da história desse
país”, afirmou o deputado estadual Waldemar Borges (PSB).
O parlamentar afirmou que os adversários negam ser aliados de Temer.
“Vamos aguardar o dia que algum desses ‘Temistas’ em Pernambuco vai ter
coragem de defender o governo deles, ao invés de ficar submetendo um presidente
já aniquilado na opinião pública, ao papel ridículo de tentar puxar o PSB para
a canoa furada do seu governo”, disse. “Essa postura da oposição no estado só
revela o reconhecimento da ruína que é esse atual Governo Federal e de suas
políticas desastrosas. É a afirmação do fracasso dos que trabalharam
diretamente com o presidente”.
Após Temer lembrar, em entrevista
à Rádio Jornal, a votação da maioria do PSB no impeachment de Dilma Rousseff
(PT), que o levou ao poder, Waldemar Borges afirmou que o único integrante do
partido que ficou do lado do presidente foi o atual líder da bancada governista
no Senado, Fernando Bezerra Coelho, hoje no MDB. “Por isso mesmo saiu do
partido e foi se agasalhar ao lado dos demais integrantes da turma de Temer em
Pernambuco”, disse.
Ainda no PSB, o deputado federal Fernando Filho – hoje no DEM – foi
ministro de Minas e Energia por quase dois anos. Ele deixou
o partido no fim do ano passado e buscava se filiar ao MDB, mas o imbróglio
jurídico que fez com que a legenda permanecesse na chapa de
Paulo Câmara o fez ir para o Democratas.
Hoje, o PSB está coligado com o PT e o MDB, com Humberto Costa e Jarbas
Vasconcelos dos dois partidos, respectivamente, disputando o Senado.
Os candidatos a senadores na chapa de Armando Monteiro são os deputados
federais Bruno Araújo (PSDB) e Mendonça Filho (DEM), ex-ministros.
Líder do governo
O líder da bancada governista na Assembleia Legislativa de Pernambuco
(Alepe), Isaltino Nascimento (PSB), também criticou Temer e a oposição ao
governador. “Assistimos hoje uma das páginas mais patéticas da história
política brasileira: um presidente da República cumprir uma tarefa eleitoreira
a serviço de um grupo político agonizante”, afirmou. Para o parlamentar, o
emedebista atendeu uma “demanda” de Fernando Bezerra Coelho.
“Subestimando a inteligência das pessoas, Temer tentou ganhar pontos pra
sua turma se dizendo próximo do governador, quando no palanque da oposição
estão três de seus ministros, seu líder no senado e um integrante da base
aliada”, disse. Isaltino negou que o PSB tenha aceitado cargos no governo,
apesar de Fernando Filho ter sido ministro, e enfatiza o voto contrário do
partido sobre as reformas e o arquivamento das denúncias contra Temer. O
deputado ainda afirmou que há perseguição a
Pernambuco, discurso adotado pelo governador também.
“O palanque do atraso atira pra todos os lados em busca de construir um
discurso que cai por terra e mostra o desespero na tentativa de fazer colar a
imagem de Temer ao nosso palanque”, disse. “Até o dia 7 de outubro, o palanque
de Temer em Pernambuco vai precisar de muito malabarismo pra tentar esconder
seu DNA e distribuir abraços de afogado nos integrantes da Frente Popular”. (Via: Blog do Jamildo)
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