A ex-senadora da República Marina
Silva, presidenciável da Rede Sustentabilidade, disse nesta quinta-feira (30),
em entrevista ao Jornal Nacional, que a ex-presidente Dilma (PT) e o presidente
Michel Temer (MDB) “são farinha do mesmo saco” ao ser perguntada sobre sua
posição a respeito do impeachment. A candidata ainda afirmou que o chamado
“centrão” realiza “corrupção braba mesmo”.
“Impeachment não é golpe. Dilma e Temer são farinha do mesmo
saco, angu do mesmo caroço, cometeram o mesmo crime. Nós defendíamos a
cassação da chapa”, justificou Marina ao ser perguntada sobre a posição da Rede
Sustentabilidade em relação ao impeachment. “Hoje a política se dá com decisões
compartilhadas.”, completou.
Ao ter sua liderança no partido que funou questionada por William Bonner,
a candidata rebateu. “Ser líder não é ser dono do partido. Ser líder é
aquele capaz de dialogar com os diferentes. Liderar não é ter todo mundo
debaixo do mesmo guarda-chuva”, afirmou fazendo um elogio ao ex-presidente
Itamar Franco. “O Itamar Franco experimentou isso, ele não tinha base. Ele
conseguiu juntar pessoas de diferentes partidos. Eu vou ser um governo de
transição”.
Sobre ter apoiado Aécio Neves (PSDB) no segundo turno de 2014, a candidata
disse que não votaria no tucano atualmente. “Aqui cada um de nós votou em
alguém. Alguém escolheu um candidato de 2º turno. Não teríamos votado se
tivesse as informações da Lava Jato. Todos eles, Aécio e Dilma, praticaram
a crime de caixa 2. Hoje não teria votado em Aécio”, contou.
Marina Silva ainda falou que o chamado “centrão” busca mais que alianças.
“Mais do que isso, é corrupção braba mesmo”, disparou.
A candidata encerrou a entrevista dizendo que o Brasil que ela quer para o
futuro é um País sem desemprego. “Muita gente me admira como uma pessoa que é
exceção. Mas não quero um país de exceções, quero um país de regras. O Brasil
que quero pro futuro é o país onde nenhuma pessoa tenha que passar pela
humilhação de não ter emprego. Sou mulher, negra, fui doméstica, muita gente
acha que pessoa com minha origem acha que não tenho capacidade pra ser
presidente”, concluiu.
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