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terça-feira, 14 de agosto de 2018

Atos em defesa da liberdade do ex-presidente Lula movimentam Brasília


Às vésperas do fim do prazo de registro de candidaturasmovimentos sociais estão em Brasília para mostrar apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - preso desde 7 de abril. Além de reivindicarem a liberdade do petista, o objetivo dos atos, organizados pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Via Campesina e outros movimentos sociais, é pressionar a Justiça para garantir a sua candidatura. 

Os atos estão acontecendo simultaneamente na capital federal. Militantes de movimentos populares percorreram cerca de 50 km das cidades satélites até o Plano Piloto, onde descansarão para participar dos atos. A marcha, dividida em três colunas, se iniciou no dia 10 de agosto nas cidades de Formosa (GO), Luziânia (GO) e Engenho das Lages (DF). Está marcado para quarta-feira (15), Às 14h, na frente do Supremo Tribunal Federal, um ato para acompanhar a comitiva que levará o registro do ex-presidente ao TSE.

“Não tenho mais nenhuma dúvida da partidarização do poder judiciário do Brasil. Isso ficou evidente. O processo que levou Lula à prisão é um processo sem prova nenhuma Essa pena fajuta que Lula está cumprindo não impede que ele seja candidato”, afirmou a deputada estadual Teresa Leitão (PT), que viajará nesta terça para participar dos atos em Brasília. Teresa defendeu o direito de Lula ser candidato. “O registro vai ser feito. Porque se a gente não fizer o registro perde uma oportunidade de ganhar a possibilidade de Lula ser candidato. Existe a possibilidade e vamos com ela até o fim”, disse. 

Marcha Lula Livre faz parte de um conjunto de manifestações pelo país em defesa do ex-presidente como o Festival Lula Livre no Rio de Janeiro, o acampamento da juventude em Goiás e a greve de fome de sete militantes dos movimentos sociais no Centro Cultural de Brasília.

Greve de Fome - Militantes de movimentos sociais e apoiadores do ex-presidente Lula estão em greve de fome por tempo indeterminado desde o dia 31 de setembro, em Brasília, pela liberdade do petista. Eles reivindicam a retomada da democracia e denunciam o retorno da pobreza no Brasil. Nesta segunda (13) receberam a visita do argentino Adolfo Pérez Esquivel, prêmio Nobel da Paz e do cantor e compositor Chico César, que é irmão de um dos grevistas.

“A greve de fome está fazendo um apelo ao STF para que o tribunal cumpra com a Constituição, nada mais do que isso”, explicou Alexandre Conceição, membro da coordenação nacional do MST. Segundo Alexandre, o judiciário está contaminado pela política partidária. “A justiça brasileira está completamente partidarizada. Lula hoje não é um preso por ter cometido crime. Ele é um sequestrado Supremo Tribunal Federal para que não se eleja novamente presidente da República”, afirmou. (Via: Blog da Folha PE)

Blog: O Povo com a Notícia