Às vésperas do fim do prazo de registro
de candidaturas, movimentos sociais estão em Brasília para mostrar apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) - preso desde 7
de abril. Além de reivindicarem a liberdade do petista, o objetivo dos atos,
organizados pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Via Campesina e outros
movimentos sociais, é pressionar a Justiça para garantir a sua candidatura.
Os atos estão
acontecendo simultaneamente na capital federal. Militantes de movimentos
populares percorreram cerca de 50 km das cidades satélites até o Plano Piloto,
onde descansarão para participar dos atos. A marcha, dividida em três
colunas, se iniciou no dia 10 de agosto nas cidades de Formosa (GO), Luziânia (GO) e
Engenho das Lages (DF). Está marcado para quarta-feira (15), Às 14h, na frente do
Supremo Tribunal Federal, um ato para acompanhar a comitiva que levará o
registro do ex-presidente ao TSE.
“Não tenho mais nenhuma dúvida da
partidarização do poder judiciário do Brasil. Isso ficou evidente. O processo
que levou Lula à prisão é um processo sem prova nenhuma Essa pena fajuta que
Lula está cumprindo não impede que ele seja candidato”, afirmou a deputada
estadual Teresa Leitão (PT), que viajará nesta terça
para participar dos atos em Brasília. Teresa defendeu o direito de Lula ser
candidato. “O registro vai ser feito. Porque se a gente não fizer o registro
perde uma oportunidade de ganhar a possibilidade de Lula ser candidato. Existe
a possibilidade e vamos com ela até o fim”, disse.
A Marcha Lula Livre faz
parte de um conjunto de manifestações pelo país em defesa do ex-presidente como
o Festival Lula Livre no
Rio de Janeiro, o acampamento da juventude em Goiás e a greve de fome de sete
militantes dos movimentos sociais no Centro Cultural de Brasília.
Greve
de Fome - Militantes de movimentos sociais e apoiadores do
ex-presidente Lula estão em greve de fome por tempo indeterminado desde o dia
31 de setembro, em Brasília, pela liberdade do petista. Eles reivindicam a
retomada da democracia e denunciam o retorno da pobreza no Brasil. Nesta
segunda (13) receberam a visita do argentino Adolfo Pérez Esquivel, prêmio
Nobel da Paz e do cantor e compositor Chico César, que é irmão de um dos
grevistas.
“A greve de fome está fazendo um apelo ao STF para que o tribunal cumpra
com a Constituição, nada mais do que isso”, explicou Alexandre Conceição,
membro da coordenação nacional do MST. Segundo Alexandre, o judiciário está
contaminado pela política partidária. “A justiça brasileira está completamente
partidarizada. Lula hoje não é um preso por ter cometido crime. Ele é um
sequestrado Supremo Tribunal Federal para que não se eleja novamente presidente
da República”, afirmou. (Via: Blog da Folha PE)
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