As candidaturas presidenciais de
Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB) e Álvaro Dias (Podemos) foram
formalizadas em convenções partidárias na manhã deste sábado (4). Lula, que
está preso em Curitiba (PR), também teve candidatura oficializada pelo PT. Pelo
Novo, João Amoêdo é o candidato do partido.
Em Brasília, a Rede confirmou a candidatura de Marina pela terceira vez. A
ex-senadora já disputou a Presidência em 2010 e 2014.
Batizada de "Unidos para Transformar o Brasil", a chapa é
composta por Marina e o ex-deputado federal Eduardo Jorge (PV).
O evento contou com a presença de políticos e militantes como o ator
Marcos Palmeira, mestre de cerimônias.
Após duas horas de espera por caravanas de apoiadores de lugares como São
Paulo e Mato Grosso, Marina e seu vice saíram do camarim para o palco sob
aplausos. Simpatizantes com camisetas verdes, laranjas e amarelas se
organizaram nas arquibancadas.
Um grupo de mulheres puxou a presidenciável e o vice para o palco para
dançar ao som de "Mulher Rendeira". Seguiram-se performances e danças
variadas.
Além de Eduardo Jorge, o presidente do PV, José Luiz Penna, compareceu à
convenção. Penna, que é ligado ao pré-candidato Geraldo Alckmin (PSDB), foi
vencido pelo grupo que defendia o apoio à ex-senadora, e, até ontem, não era
presença certa no evento.
A presidenciável fez gracejo também com a aparição de um tucano na entrada
do local da convenção. Ela disse que a presença do pássaro foi uma homenagem.
"Os tucanos de verdade sabem quem ainda está comprometido com a
social-democracia", afirmou ela, em alfinetada ao PSDB do adversário
Geraldo Alckmin.
Também em Brasília, Alckmin foi oficializado ao lado de sua candidata a
vice, senadora Ana Amélia (PP-RS).
Ele teve sua candidatura homologada por 288 votos a favor, uma abstenção e
um voto contra após conquistar apoio do centrão (DEM, PP, PR, PRB e SD) e de
PSD, PTB e PPS, maior arco de aliança entre os presidenciáveis.
Até chegar no ato deste sábado, o tucano teve que enfrentar meses de crise
partidária e desempenho decepcionante em pesquisas.
Lidou com a pressão de correligionários para substituí-lo, o deboche de
adversários à esquerda e à direita e o desânimo de sua própria equipe.
Agora, tem 40% do tempo de televisão e capilaridade partidária, o que
reverteu o clima de abatimento que assombrava seu entorno.
Mas Alckmin agora tem outra dificuldade: o peso da aliança com partidos
conhecidos pelo fisiologismo e lideranças envolvidas em diversos esquemas de
corrupção.
Em Curitiba, com homenagens à Operação Lava Jato e à "República de
Curitiba", o candidato do Podemos à Presidência da República, senador
Álvaro Dias, anunciou em convenção nacional que, caso eleito, convidará o juiz
Sergio Moro para comandar o Ministério da Justiça.
"[Moro] é o símbolo da esperança do povo de reabilitar as
instituições públicas destruídas pela incompetência e corrupção", afirmou.
A convenção aconteceu na manhã deste sábado (4), em Curitiba (PR), com o
apoio dos nanicos PSC, do vice Paulo Rabello de Castro, e PRP.
"Não anunciaria ninguém antecipadamente para compor nosso governo,
mas queria prestar homenagem à República de Curitiba, onde nasce uma nova
justiça no país", discursou o senador. (Via: Folhapress)
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