A
briga por uma das 500 vagas disponíveis para soldado da Polícia Militar de
Pernambuco (PMPE) não vai ser nada fácil. Amanhã será dada a largada para a
longa disputa, com a realização das provas objetivas, em nove cidades do
Estado. E a despeito dos riscos da profissão e do baixo salário inicial (R$
2.819,88), 81.396 candidatos estão inscritos no concurso, o que implica em
162,7 concorrentes por vaga. No certame de 2016 havia 81
candidatos por vaga.
As provas serão aplicadas em 144 prédios, sendo 58 só no
Recife. A abertura dos portão acontece às 7h e o fechamento, às 8h. Os
candidatos terão quatro horas para responder a 60 questões objetivas de múltipla
escolha do exame de habilidades e conhecimentos, das 8h15 às 12h15. E, por
medida de segurança, só podem sair da sala após três horas do início.
A Comissão de Concursos do
Instituto de Apoio a Universidade de Pernambuco (Conupe/Iaupe) lembra que os candidatos só terão acesso ao local de prova
portando, exclusivamente, caneta esferográfica de tinta preta ou azul, fabricada
em material transparente; o cartão informativo e o documento de identidade
original.
“Se alguém entrar na sala
com celular ou qualquer outro equipamento eletrônico, como smartphones,
smartwatches, laptop, tablet (mesmo desligado ou sem bateria) será eliminado”,
destaca o gerente-geral de Articulação e Integração Institucional e Comunitária
da Secretaria de Defesa Social (SDS), Cláudio Borba. Bolsas, armas, capacete,
boné, relógio e óculos escuros também estão vetados.
GABARITO
O gabarito preliminar das
provas será divulgado no site www.upenet.com.br, após sua conclusão. O
resultado sai no dia 12 de setembro. “Quem passar na primeira fase ainda terá
outras quatro nessa etapa: o exame de saúde, o teste físico, a avaliação
psicológica e a investigação social. Só então partirá para a segunda etapa, que
é o curso de formação de soldados, previsto para março de 2019”, salienta
Cláudio.
RESERVA
O gerente explica que,
embora o concurso seja para preenchimento de 500 vagas, três mil candidatos
serão chamados a continuar nas próximas fases. “Não quer dizer que estão
aprovados, mas classificados para um cadastro de reserva. Assim, podem ser
chamados para novas vagas que surgirem, no prazo de validade do concurso, que é
de dois anos, prorrogáveis por mais dois, para fazer a segunda etapa, que é o
curso de formação”, esclarece. “Durante o curso, de seis meses, há uma bolsa de
R$ 1.100,00”.
Para enfrentar essa
disputa acirrada por uma vaga, muita gente recorreu a cursinhos preparatórios.
“Inicialmente abrimos seis turmas, depois mais dez. Recebemos em torno de dois
mil alunos”, diz o diretor-pedagógico do Nuce, na Boa Vista, área central do
Recife, Antônio Cláudio Guimarães.
Na manhã deste sábado, a
empresa realiza um aulão de revisão para 800 alunos em um prédio e 200 em
outro. “Estou bem focada e confiante, pois venho estudando 13 horas por dia”,
afirma a enfermeira Lilian de Albuquerque, de 27 anos, uma das alunas, que não
se assusta com a alta concorrência e sonha em trabalhar no hospital da Polícia
Militar. (Via: Jc Online)
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