Por 3 votos a 1, o Tribunal
de Justiça do Pernambuco (TJPE) decretou, agora a pouco, a prisão preventiva
a Alisson Henrique, ex-prestador de serviço do Colégio Maria Auxiliadora,
em Petrolina, acusado de apagar as imagens das câmeras de segurança onde o suspeito
de assassinar Beatriz Mota, em dezembro de 2015, aparecia. Esta é a primeira
prisão realizada no caso, que completou três anos na última segunda-feira (10).
Votaram a favor da prisão: Laisa Tarcila de Queiroz, Procuradora do
Ministério Público do Pernambuco (MP-PE), e os desembargadores Claúdio Nogueira
Virgínio, também presidente da Sessão e Deise Andrade. O desembargador Eudes
França deu voto contra à prisão.
Lucinha Mota, mãe de Beatriz, passou mal após o resultado e foi levada
para uma unidade de saúde de Recife.
Na audiência de segunda instância, Carlos André, administrador do Colégio,
e a funcionária, Lorailde, também foram citados no envolvimento da exclusão das
imagens.
Na última segunda-feira, 10 de dezembro, completaram-se três anos do
assassinato de Beatriz Mota, na época com 7 anos, assassinada com 42 facadas
durante uma festa de formatura que reunia cerca de três mil pessoas no Colégio
Maria Auxiliadora, em Petrolina.
Manifestação
Mais cedo, familiares, amigos e integrantes dos movimentos “Somos Todos
Beatriz” e “Beatriz Clama Por Justiça”, iniciaram um protesto em frente ao
Tribunal e Justiça (TJPE), em Recife. A manifestação aconteceu antes da
audiência pública.
A prisão preventiva do ex-funcionário foi pedida em julho pela Delegada
Poliana Nery, porém, apesar do Ministério Público (MP) ter acatado o pedido,
Elane Brandão, Juíza de Direito do Tribunal do Júri da Comarca de Petrolina,
indeferiu a decisão no dia 23 de julho.
Na época, a juíza argumentou que a
medida pleiteada “carece de contemporaneidade, considerando que, das
informações trazidas no bojo da representação, a autoridade policial, à época
representada por outra Delegada, tomou conhecimento da recuperação das imagens
desde dezembro de 2016, sem apontar comportamento do indiciado que pudesse
indicar seu intuito de embaraçar eventual instrução processual”. (Via: Site Preto no Branco - Fotos Folha PE)
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