O futuro ministro da Justiça e
Segurança Pública, Sergio Moro, sugeriu uma investigação sobre a movimentação
financeira atípica do ex-motorista do deputado estadual e senador eleito Flávio
Bolsonaro (PSL-RJ), filho de Jair Bolsonaro (PSL). Na avaliação de Moro,
o presidente eleito já elucidou “a parte que lhe cabe no episódio”. “O restante
dos fatos deve ser esclarecido pelas demais pessoas envolvidas, especialmente o
ex-assessor, ou por apuração”, ressaltou o ex-juiz.
Esta foi a primeira vez que Moro se manifestou sobre o relatório do
Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que mostrou a
movimentação R$ 1,2 milhão em uma conta do motorista e ex-policial militar
Fabrício José Carlos de Queiroz, entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.
No entanto, o futuro ministro fez questão de destacar que não tem “esse
papel” de comentar ou de interferir em casos específicos. “Vou colocar uma
coisa bem simples. Fui nomeado para ministro da Justiça. Não cabe a mim dar
explicações sobre isso. Eu acho que o que existia no passado de um ministro da
Justiça opinar sobre casos concretos é inapropriado”, criticou Moro.
O presidente eleito comentou, no domingo (9) que Queiroz dará explicações
sobre os depósitos que foram feitos em sua conta. O ex-assessor foi exonerado
do gabinete de Flávio Bolsonaro no dia 15 de outubro, quando atuava como
motorista e segurança do deputado.
Segundo o Coaf, as movimentações de Queiroz são “incompatíveis com o
patrimônio, a atividade econômica ou ocupação profissional e a capacidade
financeira” do ex-assessor parlamentar. Uma das transações apontadas no
relatório é um cheque de R$ 24 mil para futura primeira-dama Michelle
Bolsonaro. (Via: Agência Brasil)
Blog: O Povo com a Notícia