Por volta das 9h40 desta
quarta-feira (12), o médium João de Deus, que é acusado de abuso sexual,
chegou a Abadiânia para atendimentos na Casa Dom Inácio de Loyola. Minutos
depois, ele deixou o local aparado por advogados, funcionários e pessoas que se
identificaram como médicos, que alegaram que ele passou mal durante o início
dos trabalhos espirituais.
Conforme o Correio Brasiliense, seguranças e funcionários do centro
espírita impediram que repórteres, fotógrafos e cinegrafistas se aproximassem
do médium. Cerca de mil pessoas foram à Casa Dom Inácio acompanhar os trabalhos
do médium. Após passar mal, o médium rebateu as acusações de abusos de sexual
antes de entrar em um carro branco e deixar o local. “Sou inocente e acredito
que a verdade aparecerá. Isso nunca aconteceu aqui”, disse rapidamente. Mais de
200 mulheres já denunciaram supostos assédios.
Esta é a primeira aparição de João de Deus em Abadiânia após a acusação de
abuso sexual. Ele ficou apenas cerca de oito minutos em seu centro espiritual.
“Ele foi embora porque não teve condições de incorporar. Ele está medicado e
precisa de momentos de paz e tranquilidade para realizar o trabalho espiritual.
Esperamos que na parte da tarde ele consiga ter se restabelecido e voltar a
atender normalmente”, explicou Cláudio Prujar, voluntário da Casa Dom Inácio que
ficou responsável por atender a imprensa.
De acordo com o Correio Brasiliense, repórteres e cinegrafistas foram
agredidos com socos e até mordidas durante a aparição de João de Deus.
“Lamentamos o que aconteceu, não é de nosso costume, mas foi uma situação que
saiu do controle”, lamentou Prujar. Alguns fiéis ameaçaram profissionais de
imprensa. “Vocês terão câncer e voltarão todos aqui para se curar. Você se
arrependerão do que estão fazendo”, gritava uma mulher. A expectativa é que
João de Deus retorne à Casa Dom Inácio de Loyola a partir das 14h.
Pela manhã, os atendimentos aconteceram normalmente com outros médiuns da
corrente. Preces e orações iniciaram o ritual. Depois, uma ajudante do centro
espírita separou os fiéis entre aqueles que visitavam o local pela primeira
vez, aqueles que estavam ali pela segunda vez e, finalmente, aqueles que
passaram por cirurgias espirituais há mais de oito dias.
A todo momento é pedido para que se faça silêncio e que os celulares e
máquinas permaneçam desligados. Parte da equipe está responsável por esclarecer
as denúncias de abuso sexual. Em outro momento, um homem conversava com um
casal de americanos. Eles questionavam a conduta de João de Deus. O
funcionário repudiou as acusações. "Jamais isso aconteceu aqui. Confiamos
na conduta do médico. Vocês sabem, vocês conhecem o nosso trabalho. Aqui são
distribuídos amor e caridade”, afirmou. (Via: Folhapress)
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