A Polícia Federal (PF), através
de investigações, acredita que a origem dos ataques de hackers a celulares de
autoridades ligadas à Operação Lava Jato deve ter sido o celular do
ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, em abril deste ano. A partir do
aplicativo Telegram, instalado no aparelho dele, o invasor conseguiu acessar os
grupos de conversa com procuradores.
Foi assim que o invasor teria conseguido os números de celulares dos
integrantes. Após Janot, procuradores da Lava Jato no Paraná, São Paulo e Rio
de Janeiro foram hackeados. A PF, no entanto, não sabe se todos tiveram
conversas copiadas.
Até o momento, mais de dez autoridades disseram que foram alvos de hackers
ou de tentativas de invasão nos celulares, a exemplo do ministro da Justiça e
Segurança Pública, Sérgio Moro, e do coordenador da força-tarefa em Curitiba,
Deltan Dallagnol.
A investigação apontou que as invasões aconteceram apenas no Telegram. Os
policiais notaram que muitos celulares invadidos não tinham a dupla
verificação, que é uma segunda senha para aumentar a proteção. Eles também
identificaram que o hacker sabia sobre a Lava Jato e quem eram os principais
personagens da operação.
Blog: O Povo com a Notícia