O depoimento de cerca de oito
horas do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro no último sábado (2), na sede
da Superintendência da Polícia Federal do Paraná, em Curitiba, não trouxe
nada de novo que pudesse ser usado contra o presidente Jair Bolsonaro (sem
partido), de acordo com investigadores envolvidos no inquérito e ouvidos pela
CNN Brasil.
A análise das fontes é de que, mesmo o depoimento sendo longo, não
houve avanço significativo em relação ao que havia sido dito
pelo ex-ministro durante seu ato demissional na manhã do dia 24 de abril.
Para defender a versão, os investigadores ouvidos apontaram dois indicativos. O
primeiro é o tamanho do documento em sua versão final que resultaram em apenas
10 páginas. Já segundo indicativo foram os próprios pedidos de diligências
feitos pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, na tarde
da segunda-feira (4).
Ainda segundo as fontes da CNN Brasil, as solicitações basicamente se
espelham o que foi falado no depoimento, onde Moro citou ministros de
estado (Luiz Ramos, Braga Netto e Augusto Heleno) como testemunhas de uma
reunião fechada no dia 23 de abril, em que ele teria sido pressionado a
substituir Maurício Valeixo da Polícia Federal.
O ex-juiz ainda mencionou a reunião ministerial do dia 22 de abril
em que Bolsonaro lhe cobrou a saída de Valeixo, além de ter mostrado mensagens
de celular que já haviam sido se tornadas públicas durante exibição do Jornal
Nacional, da TV Globo. (Via: Agência Brasil)
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