Sete em cada dez brasileiros
(68%) não desejam retornar aos seus locais de trabalho nas próximas semanas –
sendo que 48% dizem que não se sentiriam confortáveis e 20% afirmam
categoricamente que não voltariam a trabalhar no período proposto. É o que
aponta a 12ª onda da pesquisa Tracking the Coronavirus, realizada semanalmente
pela Ipsos com entrevistados de 16 países.
O Brasil é a nação que apresenta maior resistência ao retorno. Na segunda
posição, está a Espanha, onde 56% dos ouvidos localmente demonstram desconforto
com a ideia de sair de casa para trabalhar em um futuro próximo. A África do
Sul completa o pódio, com 53%.
Na outra ponta do ranking, figura a Coreia do Sul, onde apenas 18% dos
participantes locais do estudo dizem que não se sentiriam confortáveis em
voltar aos seus locais de trabalho. Logo depois vem a Austrália, com 29%; e a
China, com 35%.
Volta às aulas
A expectativa de entrevistados de todo o mundo para que crianças e
adolescentes voltem às aulas também foi colocada em questão. Mais uma vez, os
brasileiros encabeçam a lista dos mais resistentes a este retorno. No Brasil,
85% dizem que não se sentiriam confortáveis deixando que seus filhos frequentem
a escola nas próximas semanas. Destes, 44% não permitiriam de modo algum que
isso acontecesse.
A objeção também é alta na África do Sul e na Espanha. Em ambos os países,
80% dos ouvidos não se sentem confortáveis com a volta às aulas de suas
crianças. No terceiro posto, há outro empate, desta vez entre Canadá e Itália,
ambos com 78%.
A pesquisa on-line foi realizada com 16 mil adultos de 16 países entre os
dias 07 e 10 de maio de 2020, sendo 1.000 entrevistas no Brasil. A margem de
erro é de 3,5 p.p.
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