A pergunta sobre onde os
governadores estão comprando respiradores fora do país, feita pelo ministro
Nelson Teich em reunião nesta quarta (29), foi interpretada por governadores
como a senha de que o colapso bate à porta. E de que não há sinal de que o
governo federal tenha planejamento algum para mudar isso. O caso da Bahia é
exemplar. O estado diz precisar de 1.300 respiradores até meados de maio. Teich
diz que a produção nacional entrega 180 por semana. Para todo o Brasil.
Teich disse não estar conseguindo realizar compras fora. Os governadores
passaram uma lista de dicas de onde adquiriram, da China e da Europa.
Outros pontos das reuniões chamaram a atenção. O ministro falou do Palácio
do Planalto e não do Ministério da Saúde, o link da teleconferência foi enviado
pela Presidência e o general Braga Netto (Casa Civil) fez as aberturas dos
encontros. A impressão foi unânime do forte controle imposto por Bolsonaro
sobre Teich.
O encontro virtual teve também uma cena inesperada. Um dos participantes
apareceu seminu. O homem tentava arrumar a câmera, quando ela ligou sem ele
saber. O governador João Azevedo (PB-Cidadania), foi o primeiro a avisar da
ocorrência. O moderador interveio, pedindo que a webcam fosse desligada.
Uma compra de 116 respiradores pelo Rio foi interrompida por falta de
pagamento por parte da gestão Wilson Witzel (PSC). Os equipamentos seriam
embarcados na China nesta quarta (29). O Iabas, organização social contratada
para construir os hospitais de campanha no Rio, não recebeu os R$ 80 milhões
para a compra que, por isso, foi cancelada. (Via: Agência Brasil)
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