O homem acusado de matar a professora Kezzia Homeilly Pereira da Silva, no dia 11 de abril, no bairro Jardim Amazona, em Petrolina, Sertão de Pernambuco, foi condenado a 23 anos de prisão. O julgamento de Tiago Targino de Souza foi realizado na quarta-feira (15), Fórum Dr. Manoel Souza Filho.
A professora Kezzia foi morta com 14 facadas. Tiago
Targino era ex-companheiro da vítima. Ele foi julgado pela prática de homicídio
qualificado por motivo torpe, uso de recurso que impossibilitou a defesa da
vítima, com a qualificadora de feminicídio.
De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça de
Pernambuco (TJPE) ao G1 Petrolina, também foi reconhecida a causa de aumento de pena de 1/3,
prevista no Código Penal, em razão do crime ter sido cometido na presença da
mãe da vítima. O julgamento do réu foi encerrado por volta das 17h.
O julgamento de Tiago foi o quarto envolvendo casos de
feminicídio desde o retorno das atividades presenciais, no mês de agosto, no
Fórum Dr. Manoel Souza Filho. Este foi o primeiro júri de um caso acompanhado
pelo Escuta Atenta, projeto da 4ª Promotoria de Justiça Criminal de Petrolina.
O assassinato da professora Kezzia teve bastante
repercussão em Petrolina. Na época do crime, a comissão de Direitos humanos e
Cidadania da Câmara de Vereadores emite nota repudiando o feminicídio.
O autor do crime foi preso em flagrante.
“Diante de crime tão hediondo e que nos
indigna, do aumento da violência contra a mulher, dos elevados números de
feminicídio. Exigimos justiça e maior investimento por parte dos governos
municipal e estadual em políticas sociais, educacionais e culturais que gerem
maior oportunidade de proteção para as mulheres do nosso município e,
consequentemente, previna novas situações de violência”, diz trecho da nota de
repúdio.
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