Condenado por transmitir o vírus HIV de forma proposital para parceiras, Renato Peixoto Leal Filho teve pena aumentada para 13 anos de prisão. O empresário, morador da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, localizava mulheres pela internet e tentava manter relações sem o uso do preservativo.
Em entrevista para o jornal "O Globo", uma das
vítimas de Renato falou sobre a tentativa do condenado de passar a doença para
ela. A jovem de Pernambuco que não quis se identificar afirmou que conheceu o
homem pela internet e desde o começo do relacionamento ele dizia que iria
marcar a vida dela para sempre.
Responsável por iniciar uma rede de mulheres com o objetivo
de desmascarar o empresário, a jovem, que não contraiu o vírus, destacou que
tem a sensação de que fez a parte dela ao descobrir sobre o aumento da pena.
"Infelizmente, a justiça que conseguimos foi tardia, principalmente para
as que não tiveram a mesma sorte que eu, de não contrair o vírus",
contou.
O grupo de mulheres vítimas de Renato reuniu áudios com
ameaças feitas pelo homem e compilaram vídeos enviados pelas próprias vítimas
tendo relações sexuais sem preservativo. Todo o material foi entregue para a
delegacia. Segundo laudo feito pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli
(ICCE), 21 vídeos, 30 áudios e três fotos foram enviados.
"Acredito que ele não se arrependeu de nada do que fez.
Inclusive, estou certa de que é um tipo de pessoa que apresenta risco se
permanecer solto em sociedade. Ele é um monstro. E estava certo de que nunca
iria preso por isso", disse a jovem.
A Primeira Câmara Criminal do Rio decidiu, por unanimidade,
aumentar a pena de Renato em 5 anos e 4 meses. Em 2018, o homem tinha sido
condenado a sete anos de reclusão. Em 2019, o homem foi para a prisão Albergue
Domiciliar. Com a nova condenação, deve voltar para o regime fechado.
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