O brasileiro Rogério Laurete Buosi, de 26 anos, foi morto com treze tiros, dentro de casa, em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, na noite do último sábado (25). Segundo a polícia local, junto ao corpo foi encontrado um bilhete onde se lia o aviso: "não roubar na fronteira", assinado pelo grupo intitulado "Justiceiros da Fronteira".
Natural de Rondonópolis (MT), Rogério morava com a família em Araçatuba, no interior de São Paulo, e se mudou para o país vizinho em julho, supostamente a convite de amigos para trabalhar. Ele pretendia voltar ao Brasil em outubro.
Familiares contam que ficaram sabendo do crime por uma amiga de Rogério que também mora no Paraguai. O corpo da vítima foi encontrado, com marcas de pistola 9 mm, em um dos quartos da casa alugada onde ele vivia, no bairro Defensores Del Chaco.
Segundo a imprensa local, a polícia informou que não havia sinal de arrombamentos, o que sugere que a vítima conhecia o autor dos disparos; além disso, o local havia sido locado por um paraguaio, ainda não localizado para prestar depoimento, há um mês. A polícia não apontou o brasileiro como suspeito de crimes na região.
"O Itamaraty, por meio do Consulado-Geral em Pedro Juan Caballero, está à disposição para prestar toda a assistência cabível aos familiares da vítima, respeitando-se os tratados internacionais vigentes e a legislação local. [...] Em atendimento ao direito à privacidade e em observância ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, informações detalhadas poderão ser repassadas somente mediante autorização dos envolvidos.
Assim, o MRE não poderá fornecer dados específicos sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros", diz a nota enviada pelo órgão.
JUSTICEIROS
Segundo a polícia paraguaia, os "justiceiros" começaram a atuar em 2010 e ficaram um tempo sem agir, mas, nos últimos dois meses, diversos crimes registrados no país estão sendo atribuídos a eles, incluindo alguns contra brasileiros.
Um desses casos é o assassinato de Robson e Jeferson Martinez de Souza de 19 e 21 anos, respectivamente, que foram baleados com 29 tiros no dia 1º de agosto, na cidade de Pedro Juan Caballero. Na ocasião, um bilhete também teria sido deixado no local, indicando que a ação seria do grupo autodenominado "Justiceiros da Fronteira".
Poucos dias antes, em 27 de julho, um casal de brasileiros também foi morto a tiros na mesma cidade. Na época, a polícia destacou que os criminosos deixaram um bilhete junto ao corpo de uma das vítimas assinado pelos "justiceiros da fronteira" e com a frase "por favor, não roubar". (Via: Folhapress)
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