Um médico ginecologista e obstetra foi preso preventivamente na manhã desta quarta-feira (29) em Anápolis suspeito de abusos contra clientes. A operação tocada pela Polícia Civil também cumpriu mandados de busca e apreensão em desfavor do possível assediador. Além da cidade anapolina, ele fez vítimas em Brasília e no Paraná.
Segundo a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), seis
vítimas já foram ouvidas. Várias outras ligaram na delegacia e disseram que vão
registrar a Polícia Civil. De acordo com a corporação, há cerca de 20 vítimas.
A Polícia Civil pede ajuda para divulgação da foto do ginecologista para
identificar outras possíveis vítimas.
O médico ginecologista tem 41 anos e possui registro profissional (CRM)
ativo além de Goiás, no Pará, Paraná e no Distrito Federal. Na capital federal,
ele tem sentença condenatória por violação sexual mediante fraude, sendo que a
vítima relatou o mesmo modus operandi (mesma forma de falar e agir) relatado
pelas vítimas goianas.
No Paraná, uma vítima também registrou ocorrência contra o médico
ginecologista, também por violação sexual, mas o caso foi arquivado. “Essa
vítima do Paraná eu conversei por telefone com ela, ela me informou que
existiam várias outras vítimas, que ele atuava em cidades do interior do
Paraná, mas que não registraram ocorrência”, destacou a delegada Isabella Joy,
responsável pela investigação.
Em Anápolis, a Polícia Civil conseguiu representar pela busca e
apreensão e prisão preventiva. Após interrogatório, o médico ginecologista será
encaminhado para a cadeia pública. “Nós começamos a investigar o caso no dia 15
de setembro quando uma mulher apareceu na delegacia, mesmo dia que ela foi
fazer a consulta com esse médico e ele abusou sexualmente e ela reclamou junto
com o marido. A partir dali, nós conseguimos ver que já existiam duas vítimas
que já haviam registrado ocorrência no ano 2020 mas que infelizmente não haviam
dado prosseguimento. Começamos a investigar e ouvir essas antigas vítimas”,
destaca.
A corporação ressalta que, devido à atuação em outros estados, podem
existir outras vítimas do médico ginecologista e obstetra. “Conversei com
outras duas vítimas aqui em Anápolis que preferiram não registrar ocorrência
por medo, por ele ser médico, achar que não ia dar em nada e também por ser um
crime de dignidade sexual que é muito dificil falar sobre isso”, pontuou.
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