O juiz que negou benefício de R$ 1,1 mil por mês para criança deficiente de 6 anos acumula vários auxílios. Para negar a concessão, o magistrado utilizou a justificativa de não deixar a família do menino acomodada.
Segundo levantamento do site Metrópoles, o juiz da 2ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Feira de Santana, Alex Schramm de Rocha, acumulou nos últimos 48 meses o valor de R$ 113,4 mil em auxílio-alimentação e auxílio-moradia.Ainda de acordo com os dados levantados em plataforma do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ), o auxilio mensal do juiz para alimentação é de R$
910,08, quase o valor que seria pago para a criança. Até dezembro de 2018, o
magistrado recebia R$ 4.377,73 de auxílio moradia por mês.
O salário de Alex Schramm é de R$ 33.689,11. Além dos vencimentos,
contanto com auxílio-alimentação e auxílio-moradia, o juiz já chegou a receber
R$ 72.031,52 em um mês. Dados apontam que desde setembro de 2017 ele já recebeu
R$ 2,270 milhões.
A criança de 6 anos tem megacólon congênito, uma grave dilatação do intertino grosso. Em julho de 2019, a mãe do menino, que está desempregada, realizou um requerimento de benefício ao Instituto Nacional do Seguro Social, que foi negado. A Defensoria Pública da União (DPU) entrou com recurso contra a decisão para garantir o pagamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC), mas o juiz Alex Schramm também negou.
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