Preso há mais de dois anos na Espanha, o segundo-sargento Manoel Silva Rodrigues continua recebendo normalmente os seus honorários como militar da ativa da Força Aérea Brasileira (FAB), de acordo com o jornal O Globo.
Ele foi detido em junho de 2019, transportando 39 kg de cocaína na bagagem em um dos aviões da FAB, que compunha a comitiva do presidente Jair Bolsonaro.
Condenado a seis anos de prisão pelo Superior Tribunal da Andaluzia, na Espanha, Rodrigues consta ainda como militar da ativa no Brasil e é renumerado com um salário mensal na faixa dos 7 mil reais brutos.
Segundo informações do Portal da Transparência, ele recebeu em junho deste ano - quando completou dois anos da prisão - R$ 9.975 líquidos. O salário foi acrescido com uma gratificação natalina de 3 mil reais. De junho de 2019 até agosto de 2020, ele ganhou pelo menos R$ 180 mil dos cofres públicos.
A Força Aérea Brasileira afirmou ao O Globo que o militar só será expulso e terá os honorários anulados quando houver uma condenação definitiva contra ele, de acordo com o Estatuto dos Militares.
"A exclusão do militar a bem da disciplina só será aplicada ao militar após ter sido condenado à pena restritiva de liberdade individual a 2 anos, em setença transitada em julgada, conforme determina o Estatuto dos Militares (Lei 6880)", diz a nota enviada pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica.
Blog: O Povo com a Notícia