O Delegado Da Cunha, conhecido na internet por conta das operações [ou supostas] que realizava, foi desmentido por policiais que afirmaram que ele inventava prisões para postar os vídeos em seu canal no YouTube. Ele segue sendo alvo do Ministério Público de São Paulo por improbidade administrativa e enriquecimento ilícito.
Em conversa com a Folha de S. Paulo, os agentes alegaram que
um dos vídeos que teve sucesso absoluto do delegado, na verdade, foi forjado.
Uma operação, que ocorreu na favela da Nhocuné, zona leste de São Paulo, onde
um suposto cativeiro de um homem que foi sequestrado por criminosos do PCC,
seria entregue ao “tribunal do crime”. Nas imagens, o suspeito é preso e
a vítima liberada.
Os policiais contaram que, no entanto, a vítima já tinha sido
libertada por outros PMs, mas foi forçada a entrar novamente no cativeiro em
poder do sequestrador para que Da Cunha filmasse a ação e fosse oprotagonista
da operação.
A vítima comentou que o delegado afirmou que a encenação
seria para ajudar na prova material, mas, na verdade, as imagens foram para o
canal do YouTube.
“Depois soube que a gravação não era para o processo, mas,
sim, para o canal do YouTube do delegado Da Cunha e isso lhe deixou
extremamente indignado, especialmente porque o delegado mentiu sobre a
gravação. [...] Frisa que o que policial que realmente o libertou do cativeiro
[nem] sequer participou daquela gravação”.
Promotores seguem apuando se Da Cunha aproveitou da
corporação para monetizar os vídeos das operações no Youtube, o que é uma
prática ilegal.
Afastamento
O delegado Da Cunha foi afastado das ruas, em julho deste
ano, após realizar “linguagem inadequada e comentários depreciativos à imagem
institucional”.
Cunha teria, ainda, chamado policiais civis de 55 anos ou mais de “ratos” e “raposonas” durante participação no podcast Flow.
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