Quatro pessoas, incluindo um médico e um sócio de escola infantil, foram presas pela Polícia Civil de Pernambuco no âmbito da Operação Luz na Infância. Os investigados são apontados como responsáveis por armazenar cerca de 2 mil arquivos com material de abuso infantil, exploração sexual de crianças e adolescentes e pornografia infantil.
A ação teve início em 17 de agosto e término nesta
quinta-feira (23), data em que os detalhes foram divulgados pela corporação, em
coletiva de imprensa, no Recife. Segundo a polícia, foram determinadas diversas
buscas e apreensões pelas varas criminais do Recife e de Olinda, Paulista,
Camaragibe, Gravatá e Caruaru.
Os presos foram autuados pelo crime de “adquirir, possuir ou
armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que
contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou
adolescente”, contido no artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente.
De acordo com o delegado Ramón Teixeira, do Departamento de
Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado, as identidades dos presos não
serão divulgadas como forma de proteger as vítimas dos atos criminosos.
“As investigações foram iniciadas em dezembro. [Os presos] foram identificados como possíveis praticantes de crimes relacionados à exploração sexual e à pornografia infantil. Houve representação ao Judiciário por seis mandados de busca domiciliar, todos foram cumpridos. Quatro desses alvos tinham imediatamente identificado material relacionado ao armazenamento”, explicou Ramón Teixeira.
De acordo com o delegado, não há identificação, até o
momento, de onde o material foi produzido e nem se os presos são responsáveis
também por essa parte. “Vídeos não necessariamente identificando local de fatos
ali evidenciados, podem ser tanto praticados no Estado com crianças daqui como
também em outros lugares. Isso está sendo objeto de investigação e perícia
criminal”, acrescentou.
Agora, os inquéritos prosseguem no âmbito da Polícia e da
Justiça. Caso seja comprovada a prática de outros delitos por parte dos presos,
como a própria produção do material, eles poderão ser imputados em outros
crimes também previstos no ECA. (Via: Folha PE)
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