Estudantes de faculdades viram o sonho da formatura virar prejuízo. Nesta segunda-feira (27), um grupo foi à Delegacia do Consumidor, no Centro do Recife, denunciar a Meta Formaturas por não cumprir os contratos firmados, nem reembolsar os alunos. Segundo os formandos, o prejuízo é de mais de R$ 1 milhão e ao menos 38 turmas foram prejudicadas.
Os representantes das comissões de
formatura relataram que souberam, através de uma postagem nas redes sociais,
publicada na sexta-feira (25), que a empresa havia decretado falência. Algumas
das turmas tinham iniciado os pagamentos em 2017.
“Como administradores, nós entendemos
que as empresas passaram por problemas, só que, no caso da Meta, o dinheiro não
deixou de entrar. Recebemos esse comunicado que eles encerraram as atividades
pelo Instagram”, afirmou a estudante de administração Amanda Monteiro,
afirmando que a turma pagou mais de R$ 102 mil.
A estudante de fisioterapia
Tatiane Melo contou que a formatura estava marcada setembro de 2020, mas a
festa foi adiada para dezembro deste ano e, agora, não vai mais acontecer.
“Como ia ser
ano passado, estava tudo quitado. Estávamos esperando só a festa e eles
sumiram, só deram uma nota informativa no Instagram”, declarou Tatiane.
Estudante de
fisioterapia, Cláudia Aquino explicou que o pai trabalha na Feira de Caruaru e
pagou a formatura com dificuldade. O prejuízo dela foi de aproximadamente R$ 6
mil. “Minha festa ia ser agora, no dia 22 de outubro e o culto, no dia 18 de
outubro”, contou.
As turmas afetadas são de
diversos cursos e diferentes faculdades do estado localizadas no Recife e
também no interior, como a de medicina da Universidade de Pernambuco (UPE) de Serra Talhada,
no Sertão. Entre os reclamantes, há formandos de 2019, antes da pandemia, que
alegam não ter recebido o acordado com a empresa.
O prédio em
que funcionava a Meta Formaturas passou a abrigar uma clínica. À TV Globo, a
assessoria jurídica da empresa alegou que os dois empreendimentos não têm
relação, mas os formandos dizem que seriam dos mesmos donos.
Em nota, a assessoria jurídica
da Meta informou que a pandemia fez com que a empresa interrompesse as
atividades por um longo período, o que gerou dificuldades financeiras. “Tivemos
que lidar com demissões em massa de colaboradores, atrasos para fornecedores e
de pagamento de tributos, entre outras questões”, disse no texto.
Ainda de
acordo a nota, eles afirmaram não ter recursos para suprir a realização de
atividades e que pretendem “promover o ressarcimento dos valores recebidos
esfera judicial cível”. A empresa afirmou ter encerrado as atividades na
sexta-feira (25), depois de 22 anos e mais de 5 mil formaturas realizadas.
A Delegacia do
Consumidor informou que abriu um inquérito para investigar o caso. (Via: G1 PE)
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