O pintor José de Araújo Oliveira, de 45 anos, perdeu os dois braços após sofrer uma descarga elétrica enquanto prestava serviço em uma obra na QE 40 do Guará 2, em Brasília. O acidente ocorreu em 16 de julho. As informações são do portal Metrópoles.
O reencontro dele com os filhos, após deixar a unidade de terapia intensiva (UTI), em agosto, foi filmado e emocionou a todos. Nas imagens, os filhos o abraça e leva o pintor as lágrimas. A irmã do paciente, a autônoma Valdirene de Araújo Oliveira Lima, 44, que tem dado todo o suporte emocional ao irmão, também está presente.
Após a fatalidade e ter grande parte do corpo queimado, o pintor tem fé de que vai retomar a vida plenamente em breve. Para isso, familiares de José iniciaram uma campanha para arrecadar fundos, na intenção de manter as despesas da casa onde ele mora com a mãe, de 64 anos, e os dois filhos, uma adolescente, de 16, e um menino, de 13, no Recanto das Emas.
Após o acidente, o colega de trabalho de Zé acionou o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) para socorrer o pintor. A vítima foi transportada ao Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) e, depois, transferida ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran), unidade referência no atendimento a queimados, onde ficou em coma por 12 dias.
Ao acordar do coma, o pintor teve a noção do que havia lhe acontecido. “Percebi que estava sem os braços. Foi um choque muito grande. Como eu já tinha visto a situação, eu sabia, lá no fundo, que eu ia perder os meus braços. Queimou na hora. Eu entendi tudo”, relatou.
Zé recebeu alta hospitalar no dia 7 de setembro, após mais de 50 dias internado. Agora, o autônomo se recupera em casa e aguarda por mais uma cirurgia. “Tiraram uma parte da minha perna para o enxerto cirúrgico no abdômen. Vou passar por outra cirurgia na pele. Estou confiante”, afirmou.
Com a esperança de recomeçar, José diz não ter duvidado, em momento algum, da capacidade de voltar a ter uma vida normal.
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