Com a rápida adesão dos brasileiros ao Pix, sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central (BC), em apenas um ano a autarquia já prepara novas funcionalidades para ampliar ainda mais o acesso à ferramenta.
Neste ano, já foi disponibilizado o Pix Saque, em que o cliente poderá
fazer saques em qualquer ponto que oferte o serviço, como comércios e caixas
eletrônicos, tanto em terminais compartilhados como da própria instituição
financeira.
Já no Pix Troco, que começará a funcionar em 2022, o cliente fará um Pix
equivalente à soma da compra e do saque e receberá a diferença como troco em
espécie. O extrato do cliente especificará a parcela destinada à compra e a
quantia sacada como troco.
“Essas duas novidades podem fazer com que haja uma redução de caixas
eletrônicos na cidade, uma vez que o saque de dinheiro pode ser feito em
qualquer comércio”, explica Alex Peguim, COO da Speedy.io, fintech de serviços
financeiros focada em micro, pequenos e médios empreendedores. “Também vamos
ter uma concorrência maior entre os métodos de pagamento, tanto em preço quanto
em oferta de serviço”, avalia.
A mais recente novidade envolvendo o Pix é a utilização do sistema para
arrecadação de recursos para as campanhas eleitorais de 2022. A medida foi
autorizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última sexta-feira (09), e
partidos e candidatos deverão usar o CNPJ ou CPF como chave de identificação.
“Acho este um marco muito importante para nós brasileiros, pois o Pix
garante a rastreabilidade eletrônica da fonte pagadora. Acredito que outras
novidades, como o Pix Garantido e Pix Crédito, também vão agir muito bem em
terrenos onde o cartão de crédito domina, como os serviços de mensalidade,
pagamentos recorrentes e até mesmo parcelamentos”, afirma Alex.
Confira outras funcionalidades do Pix que devem chegar 2022:
Pix Offline: de acordo com o presidente do Banco Central, Roberto Campos
Neto, essa modalidade ainda está em processo de avaliação, mas já está sendo
testada com três tecnologias.
Pix Aproximação: assim como com cartões de crédito, será possível fazer
pagamento aproximando o celular da máquina de cartão, por exemplo.
Débito automático: será possível colocar contas de luz e telefone, por
exemplo, para serem pagas automaticamente com Pix.
Pix Internacional: segundo Roberto Campos Neto, essa função ainda não
tem data definida, mas o BC já conversa com a Inglaterra e Itália para permitir
transferências internacionais instantâneas por meio da ferramenta.
Democratização do sistema bancário
Criado pelo Banco Central (BC) em novembro de 2020, o Pix é utilizado
por mais de 106 milhões de brasileiros e mais da metade das empresas no país. A
rápida adesão da população ao sistema de pagamentos instantâneos surpreendeu as
instituições financeiras.
“Praticamente todos os bancos e instituições financeiras aderiram ao
Pix. Dessa forma, todos os usuários podem facilmente transferir valores entre
instituições sem qualquer tipo de espera de compensação e de forma gratuita.
Também tem a facilidade da divulgação da chave, uma vez que já é um número
conhecido por você” explica Alex Peguim.
As últimas estatísticas, de novembro de 2021, mostram que foram feitos
mais de 1,2 bilhão de pagamentos pelo Pix, e a quantidade de transações supera
as realizadas por boletos, TEDs, DOCs e cheques somados. A principal diferença
entre esses meios de pagamento e o Pix é que não é necessário saber onde a
outra pessoa tem conta. A transferência pode ser realizada a partir, por
exemplo, de um telefone na sua lista de contatos, usando a Chave Pix.
Outra diferença é que o Pix funciona 24 horas, 7 dias por semana, entre
quaisquer bancos, de banco para fintech, de fintech para instituição de
pagamento, entre outros. Para Alex Peguim, a agilidade do sistema e o baixo
custo são os principais atrativos.
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